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Após queimar a sobrinha de 14 anos com água fervendo, uma mulher desferiu diversas agressões físicas e verbais contra a menina. O caso aconteceu na quarta-feira (3/4), em Samambaia Sul, Distrito Federal.
Tia da adolescente, agressora registrou todo o ataque, inclusive o momento em que joga uma panela de água quente sobre a cabeça da garota. Logo após a violência, a suspeita levou a vítima até a Cidade Ocidental, no Entorno do DF, onde o Conselho Tutelar local prestou socorro à menina.
Em um áudio, captado após a adolescente ser queimada, a garota implora para que a tia pare de agredi-la. Em determinado momento, os filhos da suspeita passam a intervir, em uma gritaria atordoante. Todos suplicam para que a mulher cesse as agressões.
Descontrolada, a agressora pega uma faca, momento em que os filhos entram em desespero e choram, aos berros, pedindo à mãe para não cometer um crime ainda pior. Ela usa a arma branca para ameaçar a sobrinha, na intenção de evitar que ela a denunciasse.
Além das agressões, há um vídeo da situação em que a menor de idade é queimada, com água fervendo. A menina está sentada, no chão, quando a mulher a surpreende, despejando o líquido sobre ela. Assustada e agonizando de dor, a sobrinha se levanta e passa, imediatamente, a ser atacada, com tapas e socos pela tia.
Tudo foi filmado pela acusada, que posicionou o celular estrategicamente em um ângulo que registrasse o ataque. A tia seria responsável pela garota, e os crimes teriam sido motivados por ciúmes da mulher em relação ao seu marido. Ela narra, repetidas vezes, que a adolescente teria tido relações sexuais com o homem.
A adolescente foi levada para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde está internada em estado grave devido às queimaduras. Informações iniciais indicam que a garota teria vindo do Mato Grosso para viver com a família do DF, há cerca de um ano.
Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia da Cidade Ocidental. A investigação, no entanto, foi repassada para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os crimes devem ser apurados pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Até o fechamento desta reportagem, ainda não havia informações quanto à possível prisão da tia agressora.
O Conselho Tutelar foi ao Hran para verificar o quadro de saúde da adolescente e, posteriormente, deve aplicar as medidas relativas aos responsáveis pela menor de idade.
Fonte: Metrópoles