Alunos da escola para surdos Vitória, em Canoas, evoluem na prática do voleibol

É difícil encontrar na escola quem não esteja animado com as aulas da APAV

Entre as crianças e os adolescentes que participam do projeto Escolinhas de Base APAV Vôlei, em Canoas, é difícil encontrar jovens mais animados que as dezenas de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bilíngue para Surdos Vitória.

Separados pela rede, os estudantes de turno integral juntam-se para exercitar muito mais que fundamentos de vôlei – eles põem em prática nada menos do que a integração com outros alunos, visando a suas perspectivas de futuro. “É louvável este trabalho da APAV aqui na escola, que dá todo incentivo aos alunos para que se desenvolvam integralmente”, afirma o professor de educação física da EMEF Vitória, Vanderlei Pinzetta.

Segundo Vanderlei, o desenvolvimento não é apenas esportivo. “Eles se divertem com o vôlei, e isso é a primeira coisa. Se houver prazer naquilo que se faz, o resultado virá com mais facilidade. E é importante esta inserção do esporte na rotina deles, é fundamental para que se sintam valorizados como pessoas, afinal, é uma pessoa que vem de fora da escola para trabalhar com eles. Eles querem este contato”, explica o professor.

Ex-atleta da APAV, o professor Anderson Menezes, o Xanxa, revela satisfação pessoal em trabalhar com seus alunos da Vitória. “A gente aprende mais do que ensina. Já falei para atletas meus, de outras equipes, que venham aqui ver a realidade e as diferenças das pessoas. Aqui se vê o que é ter dificuldade, e ainda assim eles se adaptam e fazem tudo da maneira que conseguem. E aprendem e evoluem. Basta ter boa vontade e disposição de se envolver, querer ensinar e fazê-los melhorar. Sou muito grato por cada uma das vitórias deles aqui, e valorizo muito essas realizações”, ensina Xanxa.

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