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Canoas
21 de dezembro de 2024

Pela terceira vez, Justiça nega pedido de liberdade de Nego Di

Pela terceira vez, Justiça nega pedido de liberdade de Nego Di; O influenciador continua detido preventivamente em Canoas

Pela terceira vez, Justiça nega pedido de liberdade de Nego Di na última quinta-feira (2). Pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).

Com essa decisão, o influenciador continua detido preventivamente na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Nego Di está preso desde 14 de julho e enfrenta acusações de estelionato relacionadas a uma loja virtual da qual seria sócio.

Nego Di: pela terceira vez, Justiça nega pedido de liberdade de Nego Di

De acordo com o TJ-RS, a defesa de Nego Di solicitou sua liberação ou a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas. Os advogados argumentaram que a decisão que negou a liberdade provisória em 26 de julho não possuía a fundamentação necessária.

O desembargador Honorio Gonçalves da Silva Neto, da 7ª Câmara Criminal do TJ, justificou a manutenção da prisão com base na “gravidade concreta dos fatos”. Ele ressaltou o número de vítimas do suposto esquema e o risco de novos crimes.

Acusações e Loja Virtual

Nego Di enfrenta acusações de estelionato qualificado por fraude eletrônica em 17 casos distintos. Segundo o TJ-RS, ele e seu sócio, Anderson Boneti, teriam prejudicado mais de 370 pessoas com vendas realizadas no site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.

Os usuários relataram ter adquirido produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos na loja virtual, mas não receberam os itens nem o reembolso dos valores. A polícia estima que o prejuízo totalize mais de R$ 330 mil.

A Polícia Civil acredita que Nego Di usou sua imagem para aumentar o alcance dos anúncios online, o que resultou em vítimas fora do Rio Grande do Sul. Com mais de 10 milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador exerceu significativa influência.

Gravação de áudio

Uma gravação obtida pelo portal G1, revela Nego Di discutindo “estornos estratégicos” para “minimizar manifestações e incômodos”. De acordo com a polícia, ele se referia à insatisfação dos clientes que não receberam os produtos comprados na loja virtual Tadizuera.

Na gravação, Nego Di afirma: “Preciso fazer uns estornos estratégicos, tá? Porque acho que não é novidade pra ninguém, eu não vou conseguir ressarcir todas as pessoas, né? Preciso fazer uns estornos estratégicos, assim, a fim de acabar com manifestação e incômodos, assim.”

Esse áudio integra a investigação sobre a venda supostamente fraudulenta de produtos pela loja virtual, que levou ao indiciamento de Dilson. A identidade do interlocutor que recebe as mensagens ainda não foi esclarecida.

Na gravação, o influenciador solicita uma lista de clientes para priorizar os reembolsos: “Então, queria ver se tu tinha mais ou menos uma relação de umas 10 mais, assim. Que tipo tu acha, vai, esses aqui pagando vai dar uma boa amenizada e tal, entendeu?”

O que diz a defesa de Nego Di

As advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch, que defendem Nego Di, esclarecem que “seu cliente iniciou o processo de ressarcimento para aqueles que compraram na loja onde ele prestou serviço de divulgação. O objetivo era amenizar a situação, após uma série de perseguições, considerando a facilidade de localização por ser uma pessoa pública.”

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