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Canoas
19 de setembro de 2024

Mãe que matou bebê com fita na boca e no nariz em Canoas vira ré

Mãe que matou bebê com fita na boca e no nariz em Canoas vira ré; Ela foi presa em flagrante e é acusada de homicídio doloso

Mãe que matou bebê com fita na boca e no nariz em Canoas vira ré após denúncia do Ministério Público. Ela responderá por homicídio doloso, caracterizado pela intenção de matar.

O caso ocorreu no fim de junho, quando localizaram o corpo da recém-nascida dentro de um banheiro. A mulher foi presa em flagrante pelo assassinato da filha, e o Tribunal de Justiça aceitou a denúncia, transformando-a em ré no processo.

Mãe que matou bebê com fita na boca e no nariz em Canoas vira ré: a denúncia

Posteriormente, no dia 21 de julho, o Ministério Público apresentou a denúncia à Justiça, alegando que a mãe matou a bebê por asfixia. Além disso, encontraram uma fita adesiva ao redor da boca e do nariz da recém-nascida.

Além disso, localizaram a mesma fita em um armário na casa da mulher durante as buscas e perícia realizadas imediatamente após a descoberta da morte.

Além disso, a mulher enfrentou uma acusação de homicídio qualificado devido ao uso de um meio cruel. A denúncia também destacou que o crime foi cometido contra uma vítima menor de 14 anos, o que pode resultar em uma pena mais severa, caso ela seja condenada.

Assim, o promotor Rafael Russomanno Gonçalves, de Canoas, acrescentou a acusação de ocultação de cadáver. Desta forma, segundo a investigação, após matar a filha, a mulher transportou o corpo em uma mochila e o descartou no banheiro do prédio onde trabalhava.

Seguiu para o trabalho após o crime

Imagens das câmeras de segurança capturaram a movimentação da mãe. Viram-na colocando o corpo na lixeira e, em seguida, saindo do banheiro já vestida com o uniforme de trabalho. Depois disso, ela seguiu para cumprir o expediente.

Investigação

No mesmo dia em que a polícia encontrou o corpo, identificou e prendeu a mulher em flagrante pelo homicídio da filha. Além disso, testemunhas informaram à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que a mulher tentava ocultar a barriga durante a gestação com ataduras, indicando descontentamento com a gravidez.

A polícia suspeita que a mulher tenha premeditado o crime, planejando assassinar a criança devido à gravidez indesejada. Após a prisão, a mulher não prestou depoimento formal, mas admitiu informalmente aos policiais que matou a filha e afirmou não querer a criança, alegando não ter condições para criá-la. A mulher já tem outros dois filhos, que estão sob a guarda de familiares.

Assim, após sua prisão, solicitaram perícias para compreender as circunstâncias do crime. A casa da mulher passou por análise dos peritos, que utilizaram luminol para detectar a presença de sangue. Além disso, a investigação revelou que a mulher deu à luz na noite de domingo, 23, e que a bebê permaneceu com ela durante a madrugada, sendo amamentada. A suspeita é de que a criança tenha sido morta pela manhã.

Embora a morte tenha ocorrido algumas horas após o nascimento, a polícia não considera o caso como infanticídio, que ocorre quando a mãe mata o filho sob a influência do estado puerperal, durante o parto ou logo depois. Além disso, também não há informações do paradeiro do pai da criança.

Polícia solicita laudos psiquiátricos

A mulher permanece na Penitenciária Feminina de Guaíba em prisão preventiva. A polícia solicitou outros laudos, incluindo análise psicológica, que indicou a ausência de “indícios de psicose pós-parto” e a presença de “amnésia dissociativa” após o parto. A investigação aguarda ainda o laudo psiquiátrico sobre o estado emocional da ré e outros laudos, como a necropsia e a análise genética, para serem enviados ao Judiciário.

Contraponto

O Judiciário informou que a mulher é defendida pela Defensoria Pública do Estado. A Defensoria participou da audiência de custódia da ré e se manifestará somente nos autos do processo, conforme julgar necessário.

O espaço segue aberto para manifestações.

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