20.5 C
Canoas
18 de outubro de 2024

Mãe de criança encontrada morta em lixeira é presa

Mãe de criança encontrada morta em lixeira é presa; A investigação aponta que a vítima dormia na rua e vivia abandonada

Mãe de criança encontrada morta em lixeira é presa. O caso aconteceu na última sexta-feira (9), em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.

A Polícia Civil acredita que a mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de nove anos, é diretamente responsável pela situação que levou à morte da filha, encontrada em um contêiner de lixo. No dia seguinte, a justiça decretou a prisão temporária da mãe.

Conforme apuração do Portal G1, a delegada responsável pelo caso instaurou um inquérito por crime de tortura. Em seguida, o Ministério Público identificou indícios de homicídio e apoiou o pedido de prisão. Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, afirmou que a polícia responsabilizará a mãe, até mesmo por “causalidade da omissão” conforme o Artigo 13 do Código Penal. Sodré sublinhou que a criança vivia em condições de “abandono”.

O pai da menina confirmou o relato de abandono. Ele revelou que vizinhos contaram que Kerollyn dormia e se alimentava na rua. A menina morava com a mãe e os irmãos em Guaíba, enquanto Matheus residia em Santa Catarina.

A filha viveu com ele nos primeiros meses de vida e novamente aos sete anos, mas depois retornou para a casa da mãe. O pai expressou: “Sempre deixei claro para ela [a mãe]: ‘Se tu não quer cuidar da guria, se tu não tem paciência, então dá a guria para mim, que eu cuido dela’. Contudo, ela nunca aceitou.”

Mãe de criança encontrada morta em lixeira é presa: pedido de prisão

A Polícia Civil pediu a prisão temporária de 30 dias para aprofundar as investigações. A alegação é de que a mãe teria torturado Kerollyn, provocando a morte da filha. Durante esse período, a polícia pode continuar a investigação sobre a suspeita, cujo nome ainda não foi divulgado. As autoridades apuram os crimes de tortura e homicídio qualificado.

O Ministério Público apoiou a prisão, com o promotor Fernando Sgarbossa destacando que há indícios de participação da mãe, seja por ação direta ou omissão. O Tribunal de Justiça revelou que depoimentos e documentos apresentados pela polícia indicam que a mãe submetia a filha a intenso sofrimento físico e mental. O juiz João Carlos Leal Júnior concluiu que a investigação revelou maus-tratos, abandono de incapaz e tortura.

LEIA MAIS:

Causa da morte

Na sexta-feira, a perícia confirmou que não havia sinais de violência no corpo da vítima. Entretanto, a polícia ainda aguarda o resultado dos exames para determinar a causa da morte. O Judiciário também informou que a investigada admitiu ter administrado um medicamento controlado à filha sem orientação médica.

Após o desaparecimento da criança, a mãe voltou a dormir e não se surpreendeu ao receber a informação sobre a localização do corpo. Ela reagiu com raiva por ser considerada suspeita e não demonstrou tristeza ou choque.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!