A mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos está em prisão temporária desde o último sábado (10). Ela está sendo investigada pela Polícia Civil por suspeita de responsabilidade nas circunstâncias que levaram à morte da filha.
A menina foi encontrada sem vida dentro de um contêiner de lixo em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A mãe admitiu à polícia que deu um sedativo sem prescrição médica à filha pouco antes da tragédia.
Caso Kerollyn: mãe admite ter dado clonazepam para filha antes de ser encontrada morta em lixeira: dormiu após tomar o medicamento
No depoimento, Carla Carolina explicou que ela e Kerollyn foram dormir logo após a administração dos medicamentos. Além disso, ela disse que acordou por volta das 7h, percebeu que a filha não estava em casa, tomou mais clonazepam e voltou a dormir. A Polícia Civil ainda não determinou a causa exata da morte de Kerollyn. A equipe de necropsia examinou o corpo da menina, e eles concluirão o laudo em breve.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu diversos indícios de negligência e violência contra a menina. Além disso, Kerollyn frequentemente pedia comida aos vizinhos e recolhia alimentos do mesmo contêiner onde a encontraram. Além disso, ela estava mal agasalhada e infestada de piolhos. A mãe administrava os medicamentos de maneira inadequada e alegou que a filha apresentava surtos.
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Ao G1, a Defensoria Pública, que representa a mãe da criança, informou que vai se manifestar sobre o caso nos autos dos processos.
Clonazepam: riscos e usos
O clonazepam faz parte dos benzodiazepínicos, uma classe de medicamentos que atua inibindo várias funções do sistema nervoso. Esse remédio trata condições como epilepsia, transtornos de ansiedade e síndrome do pânico. Contudo, o uso não controlado pode causar sedação extrema e, em situações graves, levar a coma. Portanto, é crucial usar clonazepam apenas com prescrição médica e sob rigorosa supervisão.
Dessa forma, a Polícia Civil prossegue com a investigação para esclarecer completamente as circunstâncias da tragédia.