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05 de outubro de 2024

Criança de 9 anos encontrada morta em lixeira dormia em carro abandonado

Criança de 9 anos encontrada morta em lixeira dormia em carro abandonado. Corpo foi encontrado por um reciclador da região

Criança de 9 anos encontrada morta em lixeira dormia em carro abandonado, conforme relatos de moradores para a Polícia Civil. Posteriormente, a criança foi identificada como Kerollyn Souza Ferreira, e teve o corpo encontrado por um reciclador da região na última sexta-feira (9), em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com informações da ocorrência, Kerollyn vivia com sua mãe e três irmãos no bairro Cohab Santa Rita. Os relatos dos moradores indicam que ela enfrentava situação de abandono. Da mesma forma, muitos testemunhos revelaram que, frequentemente, a menina se abrigava e dormia em um carro abandonado situado em uma praça próxima à sua casa. Posteriormente, esses depoimentos foram apresentados à Polícia Civil.

Criança de 9 anos encontrada morta em lixeira dormia em carro abandonado: mãe está presa

Por volta das 7h, um reciclador encontrou o corpo de Kerollyn no bairro Santa Rita, perto de uma escola. Posteriormente, a Polícia Civil, que investiga o caso, deteve a mãe da menina, de 30 anos, preventivamente.

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Os vizinhos e familiares descrevem Kerollyn como uma criança afetuosa, que gostava de pedir abraços e beijos. Além disso, ela também era vaidosa e adorava usar anéis, pulseiras, brincos e fazer penteados.

Durante a investigação, os policiais notaram a reação da mãe ao serem informados sobre o corpo encontrado no contêiner. Ela não demonstrou qualquer emoção, e os policiais interpretaram essa atitude como indiferença. Assim, diante dos relatos de maus-tratos, a polícia solicitou a prisão da mãe por tortura.

O Ministério Público, por sua vez, alegou que havia elementos suficientes para a prisão temporária da mãe pelo homicídio da criança. A Justiça acatou o pedido, resultando na prisão da mulher no sábado.

Polícia investiga causa da morte

A causa exata da morte de Kerollyn ainda não foi determinada. Uma das possibilidades investigadas é que a mãe tenha administrado algum sedativo à menina, o que pode ter causado sua morte. No entanto, somente a perícia poderá confirmar essa hipótese. A polícia está revisando imagens de câmeras de segurança para identificar quem depositou o corpo da criança no contêiner.

Pai da criança se manifesta

O pai de Kerollyn, que mora em Santa Catarina, relatou tanto nas redes sociais quanto ao Portal G1 RS que tentou contatar o Conselho Tutelar pelo menos seis vezes. Em julho de 2022, ele teria registrado uma ocorrência contra a mãe da menina por ameaça, expressando preocupação com o comportamento da filha. “Nada vai trazer a minha filha de volta. Isso é revoltante. Por diversas vezes eu tentei,” escreveu em um post.

Conselho tutelar afirma ter acompanhado o caso

Em entrevista à RBS TV, a conselheira tutelar confirmou que o Conselho Tutelar acompanhava a família. Ela negou que o órgão tenha se omitido em relação ao caso.

Ela também esclareceu que, na sexta-feira anterior à morte de Kerollyn, a mãe havia entrado em contato por telefone, informando que a filha estava em surto e queria sair para a rua. A conselheira explicou que não poderia ir até a casa nessa situação e orientou a mãe a buscar ajuda do Serviço Móvel de Urgência (Samu).

Defesa

A Defensoria Pública do Estado informou que representou a mãe durante a audiência de custódia. Agora, cabe à mãe decidir se continuará sendo representada pela Defensoria. Caso ela escolha manter a defesa, a instituição se manifestará somente nos autos do processo.

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