Entenda por que o horário de verão pode voltar, conforme o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Possibilidade foi levantada nesta quarta-feira (11).
Conforme Alckmin, a retomada do horário de verão pode ser “uma boa alternativa” para enfrentar a estiagem que afeta a geração de energia no país. Com o cenário de crise hídrica, o vice-presidente destacou que o governo busca medidas para evitar o desperdício e promover o uso eficiente da energia.
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“Não vai faltar energia, mas todos precisamos colaborar. O horário de verão pode ser uma boa alternativa para poupar energia. Além disso, campanhas de economia e o combate ao desperdício são importantes. Temos várias alternativas”, declarou o vice-presidente em entrevista no Palácio do Planalto.
Entenda por que o horário de verão pode voltar: “não vai faltar energia”
Na semana anterior, Alckmin já havia assegurado que “não há risco de falta de energia” no Brasil, apesar da previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de que os reservatórios continuarão com níveis baixos até o fim de novembro.
O ONS recomendou, em 20 de agosto, o acionamento das usinas termoelétricas a partir de outubro, devido à falta de chuvas em várias regiões do Brasil. Ainda assim, o governo segue confiante de que medidas para poupar energia ajudarão a mitigar a pressão sobre o sistema.
Foco na resolução do problema
Alckmin ressaltou que o governo deve focar nas causas do problema, mencionando ações de descarbonização e a preservação da Amazônia. Ele também destacou o papel crescente das energias eólica e solar no Brasil, reforçando a importância de fontes limpas e sustentáveis.
A área técnica do Ministério de Minas e Energia (MME), em setembro de 2023, avaliou que não havia necessidade de adotar o horário de verão naquele ano. A medida, que adianta os relógios em uma hora para aproveitar mais a luz natural, foi extinta em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Fim do horário de verão
O horário de verão era adotado, até então, para economizar energia, aproveitando o período de luz solar mais longo. No Brasil, ele vigorava entre outubro e fevereiro e abrangia o Distrito Federal e os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Em 2019, Jair Bolsonaro decretou o fim da medida, justificando sua decisão com base em pesquisas que indicaram que 70% da população era contrária à continuidade do horário de verão. O então presidente Michel Temer (MDB) também tentou abolir a prática em 2017, mas enfrentou forte oposição popular.