O fenômeno conhecido como “chuva preta” já assustou moradores de algumas cidades do Rio Grande do Sul nesta semana. Arroio Grande, Rio Grande, Pelotas e São José das Missões registraram o evento na última quarta-feira (11) e nesta quinta-feira (12).
A coloração escura da chuva chamou a atenção dos moradores, que filmaram a água escura em baldes, poças e até em piscinas, e compartilharam os vídeos nas redes sociais.
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Veja quais cidades do RS já registraram “chuva preta”: o que causa o fenômeno
A “chuva preta” ocorre quando partículas de fuligem e cinzas, geralmente resultantes de queimadas, se misturam com a água da chuva. No caso do Rio Grande do Sul, a fuligem das queimadas que ocorrem nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil causou o fenômeno.
Essas partículas, transportadas pelo vento, encontraram a frente fria associada a um ciclone extratropical que passou pelo estado, resultando na precipitação escura.
Fenômeno pode ser registrado em mais locais
Arroio Grande, Rio Grande e Pelotas foram as primeiras cidades gaúchas a registrar a “chuva preta”, mas espera-se que outras localidades também presenciem o fenômeno nos próximos dias, conforme a frente fria avança.
Além disso, além de causar espanto pela sua aparência, a “chuva preta” também representa um sinal claro da alta poluição atmosférica. O fenômeno pode deixar sujeira em veículos, prédios e calçadas, aumentando os custos de limpeza e manutenção.
Contudo, a previsão aponta que o fenômeno também pode atingir outras cidades do Rio Grande do Sul e estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul nos próximos dias, à medida que a frente fria avança.
Cuidados
Dessa forma, diante dos riscos trazidos pela poluição e pela presença de partículas prejudiciais à saúde, autoridades de saúde recomendam que a população redobre os cuidados. Além disso, as autoridades orientam a população a beber água com frequência, evitar atividades ao ar livre e usar máscaras de proteção para minimizar os impactos respiratórios causados pela fumaça das queimadas.