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02 de junho de 2025

Polícia Civil prende sete integrantes de grupo criminoso que aplica golpe dos nudes

O grupo praticava golpe dos nudes em vítimas da Região Metropolitana

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Desfecho contra um grupo criminoso que pratica o golpe dos nudes. O objetivo da ofensiva era combater a associação criminosa de Candelária, no Vale do Rio Pardo, que é conhecida pela prática de extorsões. As vítimas dos criminosos são da Região Metropolitana de Porto Alegre. 

Policiais prenderam, até o momento, sete pessoas temporariamente e cumpriram ordens judiciais em Candelária, Vale Verde e Venâncio Aires. A ação contou com o apoio da Polícia Penal. 

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Esquema do golpe dos nudes investigado desde 2023

De acordo com a polícia, o registro de um suicídio no ano de 2023 em Esteio foi o ponto de partida da investigação contra o esquema criminoso. Na época, a vítima deixou uma carta relatando que não conseguia conviver com as supostas dívidas. 

Um dia após a morte, a filha da vítima registrou uma ocorrência policial. Para os policiais, ela relatou que o pai estava sendo vítima de extorsões e que teria encontrado diversas mensagens suspeitas em um celular escondido no armário. 

Mensagens ameaçadoras 

Em uma das mensagens, um dos integrantes do grupo criminoso encaminha o seguinte texto para a vítima: “a sua liberdade está nas suas mãos.” Logo após, a frase foi essa: “se você não cooperar, tomaremos medidas drásticas”. 

Além disso, no aparelho, estavam diversas fotos de comprovantes de transações bancárias em nome de duas mulheres. Elas, de acordo com apurado pelos investigadores, integram o grupo criminoso. 

Investigação 

Durante a investigação, conforme a polícia, os agentes comprovaram com análises bancárias, de dados e de vínculos, que todos os integrantes do grupo que se beneficiavam dos valores extorquidos eram apenados ou familiares destes. Por fim, para praticar o golpe, eles procuravam um perfil delimitado que, em regra, são homens em torno de 50 anos e sem antecedentes policiais. 

“Não podemos fechar os olhos para a violência psíquica, pois ela é permanente, causa danos irreversíveis ou traumas que tem o condão de remodelar a vida das vítimas, que passam pela vergonha e medo. Essa violência psicológica a que criminosos sujeitam as vítimas em crimes de ameaças e extorsões tendem a levar a desfechos trágicos como o que gerou essa investigação. Não é admissível que cidadãos livres sejam vítimas de tamanha agressão por quem está preso. A operação de hoje foi exitosa e segue para identificar outros envolvidos”, afirma o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

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