Uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Astrazeneca revelou que 4 em cada 10 mulheres que exerciam uma atividade profissional deixaram seus empregos após o diagnóstico de câncer de mama.
Especialistas destacam que, embora o mercado de trabalho tenha avançado na proteção dos direitos das mulheres—incluindo a licença-maternidade e a proteção contra demissões durante a gravidez—o câncer de mama ainda impõe desafios significativos à reintegração dessas profissionais.
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Embora tratamentos como quimioterapia e radioterapia possibilitem que muitas pacientes permaneçam ativas no mercado, elas enfrentam obstáculos relacionados ao tempo de recuperação e às frequentes consultas médicas, especialmente no SUS (Sistema Único de Saúde), segundo um médico.
O estudo estrevistou 240 mulheres em cinco cidades. Segundo ele, 134 delas estavam empregadas no momento do diagnóstico. O levantamento revelou que 59% das mulheres conseguiram manter seus empregos, enquanto 41% se viram forçadas a deixá-los. As quedas mais acentuadas ocorreram entre aquelas com carteira assinada e freelancers.
Os entrevistadores se concentraram em instituições que tratam câncer de mama e nas áreas próximas a esses locais, garantindo uma seleção aleatória das participantes. Essa abordagem resultou em um grupo diversificado, composto principalmente por mulheres acima de 45 anos e de diferentes classes sociais e regiões do país.
Principal motivo do desemprego de mulher com câncer de mama é falta de de tratamentos
O estudo indica que a principal dificuldade enfrentada para manter o emprego depois da doença são as ausências para tratamentos. Cirurgias podem exigir afastamentos de 15 a 30 dias, e a quimioterapia, com duração de quatro a seis meses, traz dias desafiadores. Para mitigar esses problemas, Arraes sugere a criação de legislações que exijam suporte específico por parte das empresas, especialmente aquelas de grande porte.
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