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02 de dezembro de 2024

Estudo mostra remédio que interrompe crises de enxaqueca; Saiba qual é

Um estudo mostrou um remédio que interrompe enxaqueca e que pode aliviar os sintomas para manter sua rotina diária. Saiba qual é.

Estudo mostra remédio que interrompe crises de enxaqueca. Quando as primeiras manifestações de uma crise de enxaqueca aparecem, o uso de um remédio chamado ubrogepant pode interromper enxaqueca no processo antes que a dor se inicie. Isso permite que os indivíduos mantenham suas atividades diárias com poucos ou nenhum sintoma, conforme indica um estudo recente publicado na revista científica Neurology.

Detecção precoce dos sintomas

A pesquisa centrou-se em pacientes que identificam sinais de que uma crise se aproxima, como sensibilidade à luz e ao som, fadiga, dor ou rigidez no pescoço e vertigem. Além disso, esses sintomas iniciais são cruciais para a administração precoce do tratamento.

Ubrogepant pertence a uma nova classe de medicamentos conhecida como antagonistas do receptor do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, ou inibidores de CGRP. Essa proteína é fundamental no processo que desencadeia as enxaquecas. Desse modo, o primeiro medicamento dessa classe, erenumabe, obteve aprovação da FDA em 2018, sendo pioneiro na atuação direta na causa da enxaqueca ao bloquear a substância química inflamatória que provoca a dor.

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Impacto na qualidade de vida do remédio que interrompe enxaqueca

O Dr. Richard B. Lipton, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, ressalta que a enxaqueca é uma das condições mais comuns globalmente, mas muitos pacientes não recebem tratamento adequado ou não estão satisfeitos com o que recebem. Ele enfatiza que melhorar o atendimento desde os primeiros sinais pode ser crucial para os resultados, e os achados do estudo são promissores, sugerindo que o ubrogepant ajuda as pessoas a manterem sua rotina normal.

Metodologia do estudo do remédio que interrompe enxaqueca

O estudo envolveu 518 participantes com histórico de enxaqueca de pelo menos um ano, que enfrentavam de duas a oito crises mensais. Todos podiam identificar os sinais que precedem as crises. Os voluntários foram divididos em dois grupos: um recebeu um placebo inicialmente e, depois, ubrogepant; o outro recebeu o medicamento primeiro e, em seguida, o placebo.

Após 24 horas, 65% dos que tomaram ubrogepant relataram estar “não limitados” ou “um pouco limitados”, em comparação com 48% do grupo placebo. Apenas duas horas após a medicação, os participantes que usaram ubrogepant tinham 73% mais chances de estarem “sem dor e capazes de funcionar normalmente”.

Lipton observa que os resultados se aplicam especificamente a pacientes que conseguem prever crises de enxaqueca. Entretanto, a pesquisa também teve limitações, pois os participantes registraram informações em diários eletrônicos, o que pode ter gerado imprecisões.

A enxaqueca é uma condição neurológica crônica que afeta 15% da população, resultando em episódios dolorosos e debilitantes. Para mitigar crises, recomenda-se evitar alimentos gordurosos, álcool e longos períodos sem alimentação, além de manter hábitos saudáveis, como exercícios regulares e hidratação adequada.

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