Um grupo de mulheres voluntárias tem transformado a vida de famílias atingidas pela enchente que devastou Canoas em maio de 2024. A iniciativa, que começou como um abrigo emergencial no bairro Niterói, tornou-se uma rede de apoio que já entregou 30 casas para mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade.
A Agência GBC conversou com a Jornalista Eduarda Mantovani, uma das representantes do grupo, que explicou como o projeto, movido pela solidariedade e por doações, tem ajudado as famílias a recomeçar.
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Casas mobiliadas devolvem dignidade às mulheres em Canoas
Até o momento, o grupo entregou 30 residências, incluindo casas novas e totalmente mobiliadas, além de algumas reformadas e outras alugadas por até um ano. As famílias beneficiadas são as mesmas que buscaram refúgio no abrigo Mulheres Voluntárias, o primeiro espaço feminino criado exclusivamente para mulheres e crianças em Canoas durante a crise.
As casas foram destinadas a três bairros: Fátima, Mathias e Estância Velha. Apesar do impacto positivo, o grupo enfrenta desafios para continuar as entregas, já que a lista de espera conta com mais de 60 famílias. No momento, nenhuma construção está em andamento devido à falta de recursos.
Solidariedade sustenta o projeto, mas doações diminuíram
Desde o início, a ação depende exclusivamente de doações. A representante destacou que, embora os valores arrecadados tenham diminuído, o grupo tem se reinventado para manter o projeto ativo. “Nós começamos durante a enchente, acolhendo cerca de 130 pessoas. Hoje, nosso foco está em devolver dignidade às famílias com moradia, mas precisamos da ajuda de todos para continuar”, afirmou.
Um abrigo que virou rede de esperança
O grupo nasceu da necessidade urgente de amparar mulheres e crianças em meio ao caos. Com o tempo, a iniciativa foi além da organização do abrigo emergencial e passou a ser uma rede de apoio contínuo. Mais do que entregar casas, essas mulheres voluntárias têm reconstruído vidas.
A representante do projeto reforça a importância de continuar mobilizando recursos para atender quem ainda espera por ajuda. “Cada casa entregue é uma vitória coletiva, mas sabemos que ainda há muito a ser feito.”