O Carrefour colocou as 39 lojas do Supermercado Nacional no Rio Grande do Sul à venda. Entre elas, está a única filial da bandeira em Canoas.
De acordo com o grupo francês em comunicado enviado ao mercado financeiro, as vendas fazem parte de uma estratégia para “simplificar e agilizar suas operações”. Na prática, o objetivo do Carrefour é concentrar os investimentos nas três bandeiras: hipermercado, Atacadão e Sam’s Club – os dois últimos em forte expansão pelo país com a abertura de novas lojas -.
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Porém, não são só as lojas do Rio Grande do Sul que estão à venda. O Carrefour também anunciou as 18 lojas do Bompreço no Nordeste e as oito filiais do Nacional do Paraná. Na última terça-feira (3), o grupo francês confirmou a venda das lojas de Curitiba.
Lojas consideradas deficitárias
O Nacional é administrado pelo grupo francês desde 2022. De acordo com fontes escutadas pela GBC, além de querer investir em outros formatos, o Carrefour encontrou lojas com problemas após a negociação com o Grupo BIG. Grande parte das 39 filiais gaúchas do Nacional estão deficitárias e não dão lucro. Uma delas, em Porto Alegre, perdeu quase 50% do faturamento nos últimos anos.
Além disso, o grupo encontrou outro problema na hora de concretizar as vendas. Os interessados em adquirir pontos e bandeiras reclamam do alto valor do aluguel de algumas unidades, já que menos de 10 funcionam em prédios próprios no Rio Grande do Sul. De acordo com relatos de entidades que representam trabalhadores do setor supermercadista, funcionários estão preocupados com essa movimentação. Já circulam informações de que as filiais podem ser fechadas mesmo antes da negociação ser concluída.
Fechamento de diversas lojas do Carrefour no Rio Grande do Sul
No início de 2024, o Carrefour fechou mais de 20 unidades no Rio Grande do Sul. Eram unidades do BIG, transformadas em Carrefour, filiais do TodoDia (que teve a operação encerrada em todo o território nacional) e quatro lojas do Nacional. As filiais ficavam nas cidades de Guaíba, Ijuí, Imbé e Xangri-Lá. As três últimas, logo após o fechamento, já tinham novas operações.
Procurado pela reportagem da GBC em outubro, quando os rumores da venda começaram a ganhar força no mercado financeiro, o Carrefour não comenta a movimentação.