26.9 C
Canoas
24 de janeiro de 2025

Câncer de pele: sintomas, tipos e como tratar

É fundamental que as pessoas fiquem atentas às mudanças em sua pele e busquem orientação médica sempre que necessário

O câncer de pele é um dos tipos de tumor mais comuns no Brasil e no mundo, com uma taxa de incidência alarmante. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que sejam registrados 625 mil novos casos da doença anualmente no Brasil até 2022.

O câncer de pele ocorre quando há um crescimento descontrolado e anormal das células que formam a pele, afetando, principalmente, pessoas com mais de 40 anos, mas podendo surgir em qualquer faixa etária.

Fatores de risco

A pele, o maior órgão do corpo humano, desempenha a função de proteger o corpo de agentes externos, como os raios solares. No entanto, essa função de proteção pode ser comprometida por fatores como herança genética, exposição excessiva ao sol e uso de câmeras de bronzeamento artificial, entre outros.

Entre os fatores de risco estão:

  • Herança genética;
  • Indivíduos albinos, de pele ou olhos claros;
  • Exposição frequente ao sol ou a câmeras de bronzeamento artificial;
  • Uso de medicamentos imunossupressores;
  • Histórico de vitiligo (doença que causa despigmentação da pele);
  • Exposição contínua à radiação solar, seja por lazer ou trabalho.

Apesar de o câncer de pele ser mais raro em indivíduos negros e crianças, a doença pode surgir nesses grupos em casos de predisposição genética ou histórico de doenças de pele.

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele se divide em dois tipos principais: melanoma e não melanoma.

Melanoma

O melanoma é o tipo mais raro, mas também o mais agressivo, correspondendo a cerca de 30% dos tumores malignos registrados no Brasil.

Esse tipo de câncer pode aparecer na forma de pintas, manchas ou sinais no corpo e tem uma alta taxa de metástase, ou seja, a capacidade de se espalhar para outros órgãos. Em pessoas negras, o melanoma costuma surgir em áreas mais claras, como a planta dos pés ou a palma das mãos.

Não melanoma

Os cânceres de pele não melanoma são mais comuns e menos agressivos, mas podem resultar em complicações sérias se não diagnosticados e tratados precocemente. Os dois principais subtipos de câncer não melanoma são:

  • Carcinoma basocelular: Evolui de forma lenta e é menos agressivo. A lesão é geralmente uma ferida ou nódulo.
  • Carcinoma espinocelular: Frequentemente associado à exposição a agentes químicos, uso de medicamentos antirrejeição e feridas crônicas. Esse câncer afeta as células escamosas da pele e pode aparecer como uma lesão avermelhada ou semelhante a uma verruga.

Sintomas

A detecção precoce do câncer de pele é fundamental para o sucesso do tratamento. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Mudanças em pintas ou sinais, como alterações de cor, forma ou tamanho;
  • Feridas que não cicatrizam após quatro semanas;
  • Lesões cutâneas com crostas ou tonalidade irregular;
  • Manchas que sangram, descamam ou causam coceira.

Uma ferramenta importante para identificar lesões suspeitas é a Regra ABCDE, que ajuda a distinguir tumores benignos de malignos. A Regra ABCDE leva em consideração:

  • A: Assimetria (lesões simétricas tendem a ser benignas);
  • B: Bordas (irregulares indicam malignidade);
  • C: Cor (duas ou mais cores indicam malignidade);
  • D: Dimensão (lesões maiores que 6mm são mais preocupantes);
  • E: Evolução (alterações em tamanho, cor ou forma indicam câncer).

Diagnóstico e tratamento

Caso surjam sinais suspeitos, o paciente deve procurar um dermatologista para um diagnóstico preciso. Por isso, o médico pode realizar exames como a dermatoscopia. Ele permite visualizar camadas mais profundas da pele, ou uma biópsia para confirmar a presença de células cancerígenas.

O tratamento do câncer de pele pode variar, mas a cirurgia é a abordagem mais comum. Por isso, o objetivo principal é remover o tumor de forma eficaz, preservando a funcionalidade da área afetada e garantindo o melhor resultado estético possível. Em casos de carcinoma espinocelular, também se busca evitar a metástase.

Prevenção do câncer de pele

A prevenção do câncer de pele envolve medidas simples, mas essenciais, para proteger a pele dos danos solares. Entre as principais recomendações estão:

  • Evitar a exposição solar entre as 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa;
  • Usar protetor solar com fator de proteção adequado, mesmo em dias nublados ou chuvosos;
  • Apostar em acessórios como chapéus e óculos de sol para proteção adicional.

É importante ressaltar que este texto não substitui a orientação médica especializada. Ao notar alterações no seu corpo ou em sua saúde, é fundamental procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequado.

LEIA MAIS:

Acesse a Agência GBC e veja mais conteúdos sobre dicas de saúde e bem-estar.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!