A investigação do caso do bolo envenenado com arsênio em Torres, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, ganhou novos desdobramentos na última terça-feira (14). A perícia agora avalia um pastel que Deise Moura dos Anjos entregou para sua sogra, Zeli dos Anjos, enquanto ela ainda estava internada na UTI do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres.
Zeli havia sido hospitalizada após consumir um bolo envenenado, episódio que resultou na morte de três membros da família. As vítimas eram naturais de Canoas.
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Bolo envenenado: novos elementos na investigação
O pastel foi levado por Deise após o envenenamento por arsênio no bolo. Com a prisão de Deise, principal suspeita de envenenar a família, a polícia aprofundou a investigação, focando na análise dos alimentos levados para a sogra na UTI. A suspeita é que Deise poderia ter tentado envenenar Zeli novamente.
Histórico de envenenamentos investigado
Além do caso de Zeli, a polícia também exumou o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise que morreu em setembro de 2024 devido a uma suposta intoxicação alimentar. A análise revelou a presença de arsênio em seu organismo, e os investigadores acreditam que Deise possa ter utilizado leite em pó envenenado para matá-lo.
Evidências e motivação
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) analisa o pastel e outros produtos entregues por Deise no hospital para verificar a presença de arsênio ou outras substâncias tóxicas. A polícia também investiga se Deise tentou envenenar outras pessoas de seu círculo familiar. As evidências apontam para um padrão de comportamento criminoso, com Deise manipulando e semeando discórdia para encobrir suas ações.
Intriga familiar
O que inicialmente parecia ser um caso de intoxicação alimentar revelou-se uma intriga familiar. Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli, é acusada de ter envenenado membros da própria família, utilizando seu poder de manipulação para encobrir os crimes e causar rixas familiares.