Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, presa suspeita de envenenar um bolo que causou a morte de três pessoas em Torres, realizou pesquisas na internet sobre arsênio antes do crime, conforme confirmou o Tribunal de Justiça (TJ) à RBS TV. Ela é nora de uma das vítimas de envenenamento e a prisão ocorreu em Nova Santa Rita.
Segundo o TJ, um relatório preliminar dos dados extraídos do telefone de Deise mostra buscas na internet, inclusive no Google Shopping, pelo termo “arsênio” e similares.
A Polícia Civil também apurou que Deise realizou essas pesquisas em novembro, antes do incidente ocorrido em 23 de dezembro de 2024. As investigações continuam, e os detalhes sobre a motivação ainda não foram divulgados para não comprometer o processo.
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Quem é a mulher presa acusada de envenenar bolo com arsênio: mortes e prisão
O envenenamento por arsênio resultou na morte de três mulheres da mesma família após comerem o bolo. As vítimas foram Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos, filha de Neuza.
Atualmente, Deise está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres, enfrentando acusações de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e emprego de veneno, além de tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. A prisão temporária tem validade de 10 dias, período que a polícia utilizará para concluir as investigações.
Provas e investigação
Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, dia 6, os investigadores afirmaram que possuem provas “robustas” contra Deise, mas decidiram não divulgar mais detalhes no momento para não atrapalhar o andamento das investigações. A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia sugere que uma antiga desavença entre sogra e nora, ocorrida há cerca de 10 anos, pode ter sido um fator.
Estado de saúde das outras vítimas
Zeli dos Anjos, de 61 anos, que preparou o bolo, está hospitalizada em estado estável. O sobrinho de 10 anos que também consumiu o bolo recebeu alta na última sexta-feira (3). As autoridades continuam investigando como a farinha envenenada com arsênio chegou à casa de Zeli e os próximos passos do caso.
A reportagem da Agência GBC tenta contato com a defesa de Deise, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.