O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta sexta-feira (31), um reajuste no salário dos professores da rede pública. A partir de 2025, o piso salarial para uma jornada de 40 horas semanais será de R$ 4.867,77. O aumento de 6,27% superou a inflação oficial de 4,83% registrada no ano anterior.
A Portaria nº 77/2025, que oficializa o novo piso da educação básica, já está no Diário Oficial da União (DOU). No entanto, como os salários são pagos pelas redes de ensino, cada estado e município precisa regulamentar o valor por meio de normas próprias.
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Governo Federal aumenta salário de professores da rede pública: como será o pagamento do novo piso?
Prefeituras e governos estaduais serão responsáveis pelo pagamento dos salários dos professores da educação básica. Para isso, contarão com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e com complementações da União.

O MEC definiu o reajuste com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), utilizado para calcular aumentos salariais em várias categorias. Em 2024, o indicador fechou em 4,77%. O aumento concedido aos professores também superou a inflação oficial, medida pelo IPCA, que ficou em 4,83% no ano passado.
Como o reajuste dos professores calculado ?
Todos os anos, o MEC calcula o índice de reajuste e publica os novos valores em portaria. A lei determina que esse cálculo siga o mesmo percentual de crescimento do Valor Anual Mínimo por Aluno (VAF mínimo), divulgado na terceira atualização do Fundeb. Além disso, Para 2025, o percentual chegou a 6,27%, refletindo a variação entre os valores mínimos do Fundeb em 2023 e 2024.
Criado em 2008, o piso salarial do magistério garantiu uma referência mínima de remuneração para professores com carga horária de 40 horas semanais. Desde então, a lei assegurou ganhos reais à categoria. “Essa valorização tem sido possível nos últimos 15 anos graças à lei do piso”, afirmou o secretário substituto da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase), Armando Simões.
Estados e municípios devem oficializar o reajuste
De acordo com autoridade, mesmo com a determinação do MEC, estados e municípios precisam aprovar normas próprias para oficializar o novo piso. Os recursos para pagamento dos salários virão do Fundeb e de complementações da União.