20.1 C
Canoas
16 de abril de 2025

Homem que salvou 2 milhões de bebês com “sangue dourado” morre aos 88 anos

Tipo sanguíneo é tão raro que sua ocorrência é estimada em apenas 1 em cada 6 milhões de pessoas

A família de James Harrison anunciou sua morte, aos 88 anos. Conhecido mundialmente como “o homem do braço de ouro”, Harrison foi responsável por salvar a vida de mais de 2 milhões de bebês ao longo de sua vida, graças a uma doação de sangue com um anticorpo raro e valioso. Agora, a ciência já consegue reproduzir o anticorpo encontrado em seu sangue, que continua a ajudar no tratamento de doenças graves.

O que é o “Sangue Dourado”?

O sangue raro de James Harrison é conhecido como “sangue dourado”. Cientificamente, seu tipo sanguíneo é chamado de Rh nulo (Rhesus null), um dos tipos mais raros do mundo.

Esse tipo sanguíneo é tão raro que sua ocorrência é estimada em apenas 1 em cada 6 milhões de pessoas. O que torna a doação de Harrison uma contribuição extraordinária para a medicina.

Esse sangue raro contém um anticorpo específico que foi capaz de tratar e salvar a vida de bebês nascidos com uma condição chamada doença hemolítica do recém-nascido (DHRN).

A doença ocorre quando o sangue da mãe e do bebê são incompatíveis. Assim, o anticorpo presente no sangue de Harrison ajudou a neutralizar os efeitos prejudiciais dessa incompatibilidade.

LEIA MAIS:

Como o “Sangue Dourado” salvou vidas

Assim, James Harrison começou suas doações de sangue quando tinha 18 anos e, ao longo de sua vida, doou sangue regularmente.

Ele se tornou conhecido por suas doações repetidas que continham esse anticorpo raro. Contudo, o que fez dele uma figura crucial no tratamento de bebês prematuros e de mulheres grávidas com Rh negativo.

Por isso, usaram seu sangue para criar um tratamento que preveniu mortes e doenças graves em bebês, além de reduzir os riscos associados a problemas de incompatibilidade sanguínea.

O legado de James Harrison

Além disso, o trabalho de Harrison não só gerou mudanças significativas na medicina, mas também abriu portas para avanços científicos que podem continuar a salvar vidas por muitos anos.

Assim, hoje, os cientistas já conseguem replicar o anticorpo presente no sangue de Harrison, oferecendo novas esperanças para tratamentos e prevenções de doenças associadas a esse tipo raro de sangue.

A morte de James Harrison marca o fim de uma era para a medicina, mas seu legado de doação e impacto positivo sobre a vida de milhões de pessoas permanecerá.

MATÉRIAS RELACIONADAS

MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido!