A Polícia Civil segue a investigação do caso Vitória Regina dos Santos. O caso da adolescente de 17 anos ganhou repercussão nacional devido a brutalidade do crime. Os suspeitos do homicídio, além de matar, também torturaram a adolescente.
De acordo com o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), a investigação trabalha com três suspeitos. São eles: Gustavo Vinicius Moraes (ex-namorado de Vitória), Daniel Lucas Pereira (amigo da vítima) e Maicol Sales dos Santos (proprietário do carro que seguiu a adolescente).
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Caso Vitória: conheça os três suspeitos do crime
- Gustavo Vinícius Moraes
Conforme a Polícia Civil, o ex-namorado da adolescente afirma que não tinha contato com a vítima há meses. Porém, os policiais apuraram que aconteceu uma ligação telefônica entre os dois no dia do desparecimento. Além disso, a localização do aparelho celular dele era próxima à casa da adolescente no momento do crime.
Porém, conforme Gustavo em entrevista à TV Record, a menor suegiu que ele fosse buscá-la no ponto de ônibus. Mas, o jovem teria negado, pois estaria em um suposto encontro.
“Minha relação com a Vitória não era nenhuma. Só fiquei com ela duas vezes e, depois disso, paramos de conversar. Ela reagiu a um status meu e, quando nos falamos, comentou que estava solteira”, disse ao programa Domingo Espetacular.
- Daniel Lucas Pereira
De acordo com a polícia, o amigo de Vitória está na mira da investigação devido a imagens feitas do trajeto que a adolescente faria do ponto de ônibus até a casa que residia com a família. Conforme a investigação, o aparelho foi encaminhado para perícia.
- Maicol Sales dos Santos
Conforme a polícia, Maicol é o dono do veículo encontrado próximo ao local do desaparecimento de Vitória. Além disso, de acordo com a investigação, apenas ele está preso devido ao crime. No último domingo (9), a esposa o desmentiu durante depoimento.
Além disso, durante perícia no veículo, os peritos encontraram um fio de cabelo que passará por exame de DNA. Por fim, a polícia também encontrou sangue no carro.
Relembre o caso
Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro. Ela saiu do shopping onde trabalhava, pegou um ônibus e seguiu para casa. Nesse momento, ela mandou a seguinte mensagem para uma amiga.
“Tem uns dois meninos aqui do meu lado. Estou com medo.”
Após desembarcar do coletivo, a jovem teria que caminhar quase 1 km até chegar em casa. Conforme apurado pela polícia, normalmente, o trajeto ela faria com o pai, que buscaria ela de carro. Porém, nesse dia, ele informou que o veículo estava estragado. Às 0h30, Vitória encaminhou a última mensagem para a amiga.
“Passou uns caras em um carro e eles falaram: ‘E aí, vida, está voltando?’. Ai, meu Deus do céu. Vou chorar. Vou ficar mexendo no meu celular. Não vou nem olhar para eles. Ai, Jesus do céu, eles entraram para dentro da favela”.
Por fim, o corpo de Vitória foi localizado em uma área de mata, uma semana após o desaparecimento. Morta a facadas, os peritos também avaliaram que a adolescente teria sido torturada. Ela foi degolada e também teve a cabeça raspada.