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12 de março de 2025

Governo Federal lança empréstimo consignado para CLT

O Governo Federal lançou uma nova modalidade de empréstimo consignado para trabalhadores da iniciativa privada (CLT) com desconto na folha

O Governo Federal lançou, nesta quarta-feira (12), o programa “Crédito do Trabalhador” para ampliar a oferta de empréstimo consignado a trabalhadores da iniciativa privada (CLT). Assim, durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o governo destacou que a medida busca oferecer crédito com taxas mais baixas, reduzindo os custos em comparação com o Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

Dessa forma, a nova modalidade pode beneficiar até 39 milhões de trabalhadores com carteira assinada, permitindo a injeção imediata de até R$ 120 bilhões na economia. Antes, apenas servidores públicos, aposentados, pensionistas do INSS e funcionários de empresas conveniadas com bancos tinham acesso a esse tipo de crédito consignado.

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Empréstimo consignado com taxas menores

Atualmente, esses grupos conseguem empréstimos com taxas entre 1,8% e 2,7% ao mês, devido à estabilidade no recebimento dos salários. Com o “Crédito do Trabalhador”, as taxas para os empregados da iniciativa privada devem ficar entre 2,5% e 3% ao mês, significativamente menores que os atuais 6% cobrados no CDC. Além disso, o modelo consignado oferece mais segurança para os bancos, reduzindo os riscos de inadimplência.

Como vai funcionar?

O crédito será disponibilizado para trabalhadores do regime CLT, com desconto direto na folha de pagamento. Inicialmente, o processo de pagamento será baseado nas informações do eSocial, sistema que já centraliza os dados da folha salarial.

Assim, em caso de demissão, parte do saldo do FGTS poderá servir como garantia, incluindo 10% do valor disponível e os 40% da multa rescisória. No entanto, os bancos terão autonomia para definir as condições dessa negociação.

Além disso, os empréstimos estarão disponíveis em uma plataforma específica do governo que ainda será lançada, por aplicativos bancários, internet banking e agências físicas. Além disso, um mecanismo permitirá a comparação de taxas para que o trabalhador escolha a opção mais vantajosa.

Análise de crédito detalhada

A concessão do crédito levará em conta o perfil do trabalhador, analisando fatores como tempo de emprego, faixa salarial, vínculo com a empresa e histórico de pagamentos. O governo também cruzará esses dados com informações de birôs de crédito para tornar a análise mais precisa e reduzir os riscos de inadimplência.

O porte e a estabilidade financeira da empresa onde o trabalhador está empregado também influenciarão na liberação do crédito.

Possibilidade de migrar dívidas antigas

Trabalhadores que já possuem empréstimos em outras modalidades poderão migrar para o novo crédito consignado, desde que o comprometimento da renda não ultrapasse 35%. A migração será permitida por até 90 dias, funcionando como um refinanciamento com juros mais baixos, evitando o superendividamento e melhorando a situação financeira dos trabalhadores.

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