Vereadora Liana Cristina, do PT, de Recife, protocolou um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido, feito na última semana, acusa Bolsonaro de obstrução da Justiça.
A denúncia afirma que ele teria convocado seus apoiadores a realizarem manifestações em favor da anistia de pessoas envolvidas nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
O que diz o pedido de prisão?
A vereadora alega que Bolsonaro, ao fazer convocações por meio de suas redes sociais, teria agido de maneira a obstruir a Justiça e incitar crimes contra as instituições democráticas.
Além disso, a denúncia afirma que Bolsonaro coage o andamento do processo e pede que ele seja proibido de incentivar novas manifestações.
O pedido foi encaminhado ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, que o repassou para a Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR terá cinco dias para se manifestar sobre a necessidade de prender o ex-presidente, uma medida que visa “garantir a ordem pública e a instrução processual”, segundo Moraes.
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O processo de Bolsonaro no STF
Este é mais um capítulo do processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro. Em 26 de março, o ex-presidente e outras sete pessoas foram formalmente acusados no STF por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A decisão foi unânime entre os ministros da Primeira Turma do Supremo.Por is
Por isso, o caso agora entra na fase de instrução processual, na qual os investigadores analisarão provas, depoimentos e interrogatórios. Dependendo do que as investigações descobrirem, a Justiça pode solicitar novas medidas cautelares, como a prisão preventiva.
O que está em jogo?
A prisão preventiva de Bolsonaro pode representar um momento crucial para o ex-presidente. Pois ele enfrenta acusações sérias relacionadas ao que muitos consideram uma tentativa de subverter a ordem democrática no Brasil.
Além disso, a solicitação para proibir Bolsonaro de convocar mais manifestações visa evitar novos movimentos que possam gerar agitação política.
Contudo, o STF e a PGR devem avaliar se há fundamentos suficientes para a prisão preventiva e outras medidas, considerando o impacto das ações de Bolsonaro nas investigações em andamento.
Este é mais um capítulo de um processo que vem dividindo a opinião pública e que poderá trazer desdobramentos importantes para o cenário político brasileiro.