Uma mulher, ainda não identificada, foi morta a facadas pelo ex-companheiro na madrugada desta sexta-feira (18), em Parobé, no Vale do Paranhana.
De acordo com informações preliminares, testemunhas viram o ex-companheiro da vítima cometendo o crime e fugindo logo em seguida.
Até o momento, não foi confirmada a identidade da mulher e a polícia segue fazendo buscas para localizar o autor do crime.
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Mulher é morta a facadas pelo ex-companheiro: mais um caso de feminicídio
O feminicídio segue como uma das expressões mais extremas da violência de gênero no Brasil. Dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, só em 2024, o país registrou mais de 1.400 casos de feminicídio, o equivalente a quase quatro mulheres assassinadas por dia apenas por serem mulheres.
O cenário, alarmante, escancara o desafio persistente de combater o machismo estrutural e proteger a vida feminina.
A maioria das vítimas foi morta dentro de casa e por companheiros ou ex-companheiros, mostrando que o lar, onde se espera segurança, é, muitas vezes, o local mais perigoso. Em muitos casos, as mulheres já haviam denunciado os agressores ou enfrentavam relacionamentos marcados por ameaças e controle psicológico.
A tipificação do feminicídio como crime hediondo, incluída no Código Penal desde 2015, representou um avanço legal. No entanto, especialistas apontam que a aplicação da lei ainda encontra obstáculos: desde a demora em medidas protetivas até falhas no acolhimento das vítimas e a falta de estrutura nos serviços de apoio.
Programas de prevenção e políticas públicas voltadas à educação de gênero, acolhimento e fortalecimento das redes de proteção têm sido reivindicados por organizações sociais e movimentos feministas. Apesar dos avanços em algumas regiões, ainda há desigualdade no acesso à justiça e à proteção, especialmente para mulheres negras, indígenas, periféricas e em situação de vulnerabilidade social.
