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12 de maio de 2025

Polícia prende criminosos que invadem contas Gov.br para vender veículos clonados

A Polícia Civil deflagra uma operação contra criminosos que invadem contas gov.br para vender veículos clonados; Veja detalhes e prisões realizadas

A Polícia Civil prendeu 13 pessoas suspeitas de integrar um grupo especializado em fraudes envolvendo a venda e a transferência de veículos clonados. A operação, chamada de Krypteia, acontece na manhã desta quarta-feira (7) e tem como alvo uma organização criminosa com atuação confirmada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Rio de Janeiro.

Conforme a investigação, os criminosos invadiam contas do gov.br para acessar documentos veiculares e aplicar golpes, principalmente pela internet. Entre os presos, seis já estavam detidos no sistema prisional, incluindo o homem de 40 anos apontado como o líder da quadrilha. Ele cumpre pena de mais de 70 anos no presídio de Charqueadas, na Região Carbonífera.

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Até as 6h30min, os agentes haviam cumprido parte dos 22 mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e três de sequestro de bens. As ações aconteceram em cidades do Rio Grande do Sul, como Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Charqueadas e Arroio dos Ratos, de Santa Catarina (Florianópolis, São José, Palhoça e Criciúma), além do Rio de Janeiro.

Polícia prende criminosos que invadem contas Gov.br para vender veículos clonados: início das investigações

A polícia apura ao menos quatro golpes realizados em menos de um ano, com prejuízos estimados em até R$ 100 mil por vítima. O esquema foi descoberto após uma denúncia registrada em julho do ano passado, em Gravataí. Na ocasião, uma vítima afirmou ter pago R$ 80 mil por um carro anunciado nas redes sociais. O veículo, no entanto, era clonado e havia sido roubado dias antes em Porto Alegre.

Com o avanço das investigações, os policiais constataram que os criminosos usavam dados obtidos por meio de engenharia social para invadir contas do gov.br de proprietários verdadeiros dos veículos. Com acesso à plataforma, os golpistas emitiam o ATPV-e (Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo) em nome da vítima. Isso dava ao golpe um ar de legitimidade.

Segundo a polícia, após a clonagem, os dados da nova placa eram enviados a um cúmplice no Rio de Janeiro. O suspeito, de 24 anos, é estudante de tecnologia e atuava profissionalmente com programação. Ele seria o responsável por invadir as contas e garantir a documentação falsa para que os veículos pudessem ser anunciados.

Em Santa Catarina, outro núcleo do grupo seria responsável pela lavagem de dinheiro. Os lucros dos golpes, conforme os investigadores, eram transferidos para empresas de fachada, dificultando o rastreamento da origem criminosa dos recursos.

A operação conta com apoio das polícias civis do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, além da Polícia Penal do Rio Grande do Sul.

Fique atento! O que é o golpe da engenharia social?

Esse tipo de golpe combina manipulação psicológica e tecnologia para enganar vítimas e obter acesso a dados sigilosos. A técnica costuma envolver abordagens persuasivas, que levam a pessoa a compartilhar informações confidenciais, clicar em links maliciosos ou até ceder o controle de contas pessoais.

Saiba como se proteger

  • Desconfie de ofertas muito vantajosas ou pessoas desconhecidas
  • Confirme sempre a autenticidade de mensagens ou ligações
  • Nunca compartilhe dados pessoais sem verificar a origem do pedido
  • Evite clicar em links suspeitos ou acessar sites que não tenham o prefixo “HTTPS”
  • Antes de realizar uma compra, especialmente de veículos, consulte o Detran
  • Peça ajuda a familiares ou amigos antes de fazer qualquer transação financeira
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