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Canoas
12 de junho de 2025

Polícia Civil faz nova operação para apurar desaparecimento de jovens em Canoas

Na manhã desta quarta-feira (14), a Polícia Civil deflagrou a 2ª fase da Operação Amissus, em Canoas. O objetivo é elucidar o caso dos jovens que estão desaparecidos desde abril deste ano.

Durante a ofensiva, agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) prenderam um casal em flagrante. Conforme a delegada Graziela Zinelli, os dois responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse de arma de uso permitido e receptação.

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Na residência dos suspeitos, a polícia encontrou porções de cocaína, materiais para embalar drogas, uma balança de precisão, um revólver calibre .38 furtado, peças de uma pistola e um simulacro de fuzil.

Segundo o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a operação mostra o compromisso da corporação no combate aos crimes dolosos contra a vida. Ele ainda destacou os avanços obtidos com a aplicação do protocolo de enfrentamento a esses casos.

Quatro pessoas já estavam presas

Dessa forma, no total, um mês após o desaparecimento dos três jovens, a Polícia Civil já havia prendido quatro pessoas suspeitas de envolvimento no caso. Os trabalhos de investigação continuam para localizar Vitor Juan Santiago, de 18 anos, Carolina Oliveira de Lima, de 19, e Pedro Henrique Di Benedito Rodrigues, de 23, vistos pela última vez no início de abril no bairro Guajuviras.

Como ocorreram as primeiras prisões dos suspeitos

As quatro primeiras prisões ocorreram em momentos distintos. Um dos investigados já estava detido na Penitenciária de Jacuí por outro crime. Outro suspeito foi localizado em Braga, no Noroeste do Estado. Já os outros dois foram capturados no dia 29 de abril, durante a deflagração da primeira fase da Operação Amissus. A ação contou com mandados de busca, apreensão e prisão temporária.

Polícia diz que jovens faziam parte de esquema criminoso

Segundo a delegada Graziela Zinelli, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, os quatro presos têm envolvimento direto com o desaparecimento dos jovens, seja na emboscada, na possível execução ou na tentativa de ocultar os crimes. As investigações apontam que o trio integrava um esquema de tele-entrega de drogas e teria entrado, no dia do desaparecimento, em área controlada por uma facção rival.

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“Temos quatro pessoas presas temporariamente, e os indícios mostram participação efetiva delas na dinâmica do crime. As prisões foram fundamentais para avançarmos nas apurações”, explicou Zinelli. Ela ressaltou ainda que o caso, mesmo com os indícios de homicídio, ainda é oficialmente tratado como desaparecimento, uma vez que os corpos das vítimas não foram localizados.

Áudios para despistar a polícia

Durante as investigações, a Polícia Civil também obteve áudios que revelam tentativas dos suspeitos de despistar os investigadores. Em uma das mensagens interceptadas, um dos presos orienta comparsas a abandonar o Fiat Punto usado pelos jovens em um local visível. A ideia era induzir os policiais ao erro. O veículo, de fato, foi encontrado abandonado, sem sinais aparentes de sangue ou violência, mas a hipótese de homicídio seguido de ocultação de cadáver não foi descartada.

O diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mário Souza, reafirmou o compromisso das equipes em esclarecer o caso.

A Polícia Civil reforça que qualquer informação sobre o paradeiro dos jovens pode ser repassada, de forma anônima, pelo telefone 0800-642-0121.

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