A Polícia Federal, em conjunto com a CGU, revelou no dia 23 de abril de 2025 a maior fraude no INSS já registrada. A operação Sem Desconto descobriu que mais de 9 milhões de aposentados e pensionistas tiveram descontos indevidos na folha de pagamento.
Segundo o governo federal, o ressarcimento será feito com recursos bloqueados dos responsáveis pela fraude no INSS. A estimativa é que R$ 2,56 bilhões em bens móveis e imóveis já estejam indisponíveis por decisão judicial.
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A AGU instaurou um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) contra 12 associações e seus dirigentes. De acordo com os relatórios, metade das associações era apenas fachada. A outra metade intermediava pagamentos de propina a servidores públicos.
Veja os nomes das associações envolvidas na fraude no INSS
Associação Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB)
Com sede em Fortaleza, tem mais de 170 mil associados. É alvo de mais de 30 processos judiciais. A sócia é Maria Liduína Pereira de Oliveira. (continua abaixo)

AAPPS Universo
Comandada por Edmilson Arcanjo Dias de Andrade, tem mais de 250 mil associados. Funciona em Aracaju (SE) e enfrenta várias ações por desconto indevido.
Ambec
Situada em São Paulo (SP), tem como sócia Marilisa Moran Garcia. A AGU registrou apenas um funcionário presente na visita.
CBPA
Confederação da Pesca com sede em Brasília. O sócio responsável é Abraão Lincoln Ferreira da Cruz. Tem mais de 360 mil associados.
Unaspub
A sede fica em Belo Horizonte. A responsável é Maria das Graças Ferraz. Há mais de 190 mil associados e ausência de escritórios confirmados.
Aapen
Antiga ABSP, está no nome de Francisca da Silva de Souza. Funciona em Fortaleza, com mais de 450 mil associados em todo o país.
Asbrapi
Baseada em Maceió (AL), oferece serviços de saúde e assistência funeral. Publicações no blog alertam contra golpes digitais.
Entidades de fachada que participaram da fraude no INSS
Estas entidades foram criadas apenas para aplicar o golpe. Segundo a AGU, elas desviaram milhões com descontos falsos:
- Asabasp – R$ 22,9 milhões
- APBrasil – R$ 137 milhões
- Cebap – R$ 195 milhões
- APDAP Prev – R$ 224 milhões
- CAAP – R$ 251 milhões
Outras empresas e pessoas físicas também estão envolvidas
Além das associações, a AGU processou outras 14 pessoas e empresas. Elas teriam intermediado pagamentos ilegais a servidores do INSS. O valor total desse repasse chega a R$ 23,8 milhões.
No entanto, os servidores públicos envolvidos ainda não foram processados. A AGU informou que abrirá uma ação por improbidade administrativa contra esses agentes em breve.