Mais de um mês após os três jovens estarem desaparecidos, a Polícia Civil segue tratando o caso com prioridade máxima. Mesmo com quatro prisões já efetuadas, os jovens seguem sem paradeiro conhecido.
Vitor Juan Santiago, de 18 anos, Carolina Oliveira de Lima, de 19, e Pedro Henrique Di Benedito Rodrigues, de 23, desapareceram no início de abril, no bairro Guajuviras. Desde então, a busca por respostas mobiliza equipes especializadas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Jovens de Canoas estão desaparecidos há um mês: prisões e avanço nas investigações
Até agora, a polícia prendeu quatro suspeitos de envolvimento direto no sumiço dos jovens. As capturas ocorreram em momentos diferentes nas últimas semanas. Um dos detidos já cumpria pena por outro crime na Penitenciária de Jacuí. Outro foi localizado em Braga, no Noroeste do Estado.

No dia 29 de abril, a Operação Amissus prendeu os dois suspeitos mais recentes. A ação envolveu mandados de busca, apreensão e prisão temporária.
Investigação
Segundo a delegada Graziela Zinelli, os quatro presos participaram ativamente da emboscada, da suposta execução e da tentativa de ocultar os crimes. “Temos quatro pessoas presas temporariamente, e os indícios mostram participação efetiva delas na dinâmica do crime”, afirmou.
Jovens teriam entrado em área de facção rival
De acordo com as investigações, os desaparecidos de Canoas faziam parte de um esquema de tele-entrega de drogas. Eles teriam entrado em uma área dominada por uma facção criminosa rival.
A polícia interceptou áudios que mostram tentativas dos criminosos de despistar os investigadores. Em uma das mensagens, um suspeito orienta que o carro das vítimas, um Fiat Punto, seja abandonado em local visível para confundir a polícia. O veículo foi encontrado sem sinais de sangue, mas a hipótese de homicídio seguido de ocultação de cadáver não foi descartada.
Polícia ainda trata como desaparecimento
Apesar dos indícios, o caso ainda é tratado como desaparecimento pela Polícia Civil. Isso ocorre porque os corpos das vítimas não foram localizados até o momento.
O delegado Mário Souza, diretor do DHPP, garante que as investigações continuam com o máximo empenho. A Polícia Civil reforça que qualquer informação sobre o paradeiro dos jovens pode ser repassada, de forma anônima, pelo telefone 0800-642-0121.