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Canoas
19 de junho de 2025

Polícia Civil prende sete pessoas em operação contra facções que dominaram condomínios em Canoas

Facções alvo de ofensiva dominaram condomínios residenciais em Canoas

Sete criminosos foram presos durante a Operação Bunkers deflagrada pela Polícia Civil contra facções criminosas que dominaram dois condomínios residenciais em Canoas. A ofensiva desta terça-feira (20) é resultado de investigações da 1ª e 3ª delegacias de Polícia.

Dos sete presos, conforme a polícia, dois já estavam no sistema prisional. Além disso, durante a ofensiva, os policiais apreenderam armas, veículos, além de cumprir ordens judiciais de sequestro e bloqueio de contas bancárias.

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Conforme a Polícia Civil, a investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, tem como alvo o grupo criminoso que comanda um condomínio habitacional no bairro Mathias Velho. Criminosos teriam mantido a esposa e os dois filhos de do ex-líder da facção em cárcere privado. O bandido, que cumpria pena em Charqueadas, teria trocado de grupo, o que motivou o sequestro.

O cárcere privado que ocorreu em dezembro de 2024 durou cinco dias. Desde então, segundo a polícia, a mãe e os dois filhos vivem com o medo de serem mortos a mando dos líderes do grupo criminoso.

Além disso, os integrantes da mesma facção são investigados pela queima de veículos após uma ação da Brigada Militar no condomínio. Na ocasião, policiais foram alvos de tiros, pedras e até fogos de artifício.

O delegado Marco Guns, titular da 1ª Delegacia de Polícia, destaca a complexidade da investigação.

“Há muito a ser desenvolvido ainda, mas já contamos com muitas imagens e vídeos que demonstram a rotina criminosa, informações e depoimentos que corroboram o apurado, além de outras provas que demonstram a estrutura do crime, a divisão de tarefas e a empresa criminosa”, pontua.

Facção comandava todos os serviços

A investigação conduzida pela delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia, tem como alvo a facção criminosa que dominou um condomínio popular no bairro Guajuviras. O grupo, conforme a investigação, não dominou apenas o tráfico de drogas. Eles também controlam a administração do empreendimento, incluindo empresas de manutenção, limpeza, vigilância até mesmo uma imobiliária.

Os líderes do grupo, segundo a polícia, já estão presos. Porém, de dentro da cadeia, eles coordenavam as operações.

Além disso, a investigação comprovou um vasto esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Os criminosos usavam, segundo a polícia, artifícios para encobrir a origem ilícita de seus recursos financeiros, incluindo transações financeiras e complexas. O objetivo era mascarar a origem do dinheiro.

“Esta foi uma investigação extremamente complexa. O condomínio está sob o controle desses criminosos, que garantem silêncio dos moradores, seja por medo ou por benefícios. Nosso objetivo foi desmascarar esse esquema e tirar esses criminosos de circulação”, pontua Bertoletti.

“A Operação Bunker objetivou descortinar como funciona o esquema criminoso estruturado em condomínios habitacionais em Canoas”, pontua o delegado Cristiano Rechske, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

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