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04 de agosto de 2025

Experimento cria chuva artificial com uso de drones

Cientistas usaram experimento com drones para provocar chuva artificial no deserto; Precipitação aumentou em 4%. Veja detalhes

Cientistas chineses conseguiram provocar chuva artificial no deserto com apenas 1 quilo de iodeto de prata, por meio de drones. O experimento foi realizado pela Administração Meteorológica da China (CMA) na região árida de Xinjiang, no oeste do país.

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Essa área sofre com secas severas e desertificação. Mesmo assim, a equipe usou tecnologia avançada para estimular nuvens e obter precipitação. O estudo completo foi publicado no periódico Desert and Oasis Meteorology.

Experimento de chuva no deserto cobriu 8 mil km² com drones

A operação se estendeu por mais de 8 mil quilômetros quadrados. Drones médios decolaram e voaram a 5.500 metros de altitude, liberando o iodeto de prata sobre a região de Bayanbulak, em quatro voos consecutivos. Essa substância é seis vezes mais densa que a água e serve para estimular a formação de gotas nas nuvens.

O resultado foi surpreendente: o volume de chuva aumentou em 4%. A precipitação gerada chegou a 70 mil metros cúbicos, quantidade suficiente para encher 30 piscinas olímpicas com dois metros de profundidade. Além disso, o diâmetro das gotas subiu de 0,46 mm para 3,22 mm. Imagens de satélite também registraram um resfriamento das nuvens de até 10°C e crescimento vertical de 3 km.

Tecnologia pode beneficiar regiões com escassez de água

Segundo os autores, o uso de drones facilita esse tipo de experimento por apresentar baixo risco, manobrabilidade eficiente e cobertura ampla, mesmo em condições climáticas adversas.

“Os sistemas de drones permitem operações tridimensionais, em larga escala e durante todo o ano para aumentar chuva e neve”, destacaram os pesquisadores no artigo.

Esse experimento chuva deserto reforça o potencial da engenharia climática. Pesquisadores já testaram a prática em outras regiões da China, como Guizhou, Xangai, Gansu e Sichuan. Se confirmarem os resultados a longo prazo, eles poderão usar essa tecnologia para ajudar populações que vivem em áreas áridas ou sofrem com o derretimento de geleiras — um problema que já ameaça o fornecimento de água em várias partes do planeta.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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