A síndrome de pica, também chamada de alotriofagia, é um distúrbio alimentar marcado pela vontade compulsiva de ingerir substâncias sem valor nutricional. Pessoas com essa condição podem consumir itens como terra, gelo, papel, argila, giz, cabelo e até metal.
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O nome “pica” vem de uma ave chamada P. pica (pega-rabuda), conhecida por engolir diversos objetos. De forma parecida, quem sofre com esse transtorno sente uma necessidade incontrolável de ingerir materiais estranhos.

Quem pode desenvolver a síndrome de pica?
Segundo especialistas, a síndrome de pica afeta principalmente crianças e gestantes, mas pode surgir em qualquer idade. Entre as principais causas, estão deficiências de ferro e zinco, além de transtornos mentais, como autismo, esquizofrenia e deficiência intelectual.
“O comportamento é perigoso porque a ingestão dessas substâncias pode causar obstrução intestinal, intoxicação e até envenenamento”, explica o psiquiatra Marcelo Heyde, do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR).
Nas gestantes, a alta demanda por nutrientes pode desencadear o distúrbio, especialmente se houver carência de minerais essenciais no organismo.
Como identificar e tratar a síndrome
O diagnóstico da síndrome de pica é feito por meio de avaliação clínica. Médicos investigam os hábitos alimentares, as possíveis deficiências nutricionais e os fatores psicológicos que envolvem o comportamento.
O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar. Em geral, envolve:
- Suplementação de vitaminas e minerais
- Terapia comportamental
- Acompanhamento psicológico
- Uso de medicamentos, em casos graves
Alerta para familiares e cuidadores
Embora pouca gente fale sobre o assunto, a síndrome de pica é séria e precisa de atenção médica. Familiares e cuidadores devem observar sinais como a ingestão repetitiva de itens não comestíveis. Ao notar esse comportamento, o ideal é buscar ajuda o quanto antes.