Uma tradicional fabricante de móveis entrou com pedido de falência após uma grave crise financeira. A empresa, especializada em móveis sob medida e de alto padrão, não resistiu à crise econômica que desde 2024 tem devastado o setor de móveis personalizados.
Fundada em 2006 em Hagerstown, Maryland, a Worthy’s Run ficou conhecida por seus armários e ilhas de cozinha artesanais. Seus produtos, vendidos a preços elevados, utilizavam materiais nobres e acabamento refinado. Mesmo assim, a empresa não conseguiu escapar da pressão econômica e agora tenta se reestruturar por meio do Subcapítulo V do Capítulo 11.
Famosa empresa de móveis pede falência: dívidas superam ativos
De acordo com o processo, a empresa, localizada nos Estados Unidos, declarou possuir até US$ 50 mil em ativos e entre US$ 100 mil e US$ 500 mil em dívidas. Apesar do rombo financeiro, a Worthy’s Run afirma que tem recursos para pagar parcialmente os credores não garantidos. Com isso, ainda busca manter as operações, mesmo em escala reduzida.
Alta dos custos levou à falência
Desde 2024, a combinação entre inflação, juros altos, custos elevados de insumos e queda nas vendas tornou insustentável a sobrevivência de diversas empresas do setor. Assim, a Worthy’s Run se junta a outras marcas que colapsaram recentemente, como a American Freight e a Progressive Furniture.
Além disso, empresas como a canadense Prepac transferiram operações para os EUA para reduzir custos. A mudança, no entanto, resultou em demissões e perda de postos de trabalho no Canadá.
Luxo artesanal não garante sobrevivência
Os produtos da Worthy’s Run chegavam a custar mais de US$ 10 mil, voltados a um público de alto poder aquisitivo. No entanto, a retração no consumo e a falta de inovação na gestão contribuíram para o colapso. Com mais uma empresa pedindo falência, o alerta está dado: tradição e qualidade, sozinhas, já não bastam.
O setor de móveis vive uma transformação profunda. Se a economia não der sinais de alívio, novas falências devem ocorrer em breve — e não apenas entre os pequenos.