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07 de junho de 2025

Saiba quais medicamentos que podem levar a demência

Medicamentos comuns no uso para problemas digestivos podem elevar chances de demência

Você sabia que tem medicamentos vendidos no Brasil que podem levar a demência? O uso prolongado deles está associado a uma maior chance de desenvolvimento de doenças degenerativas cerebrais.

De acordo com um estudo publicado pela revista Neurology, pesquisadores encontraram uma associação alarmante entre medicamentos populares para problemas estomacais e o aumento do risco de demência. A pesquisa acompanhou milhares de pacientes por anos.

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Os medicamentos em questão são os Inibidores de Bomba de Prótons (IBP), como omeprazol e pantoprazol, tradicionalmente utilizados para o tratamento de refluxo e gastrite. Eles já eram associados a outros problemas de saúde.

A pesquisa acompanhou 5,7 mil pacientes por 4 anos e meio. Os resultados mostraram que o uso contínuo por quatro anos aumentou em 33% o risco de desenvolver demência.

“Mais pesquisa é necessária para confirmar nossos achados e explorar as razões para essa correlação”, explica a professora da Universidade de Minnesota, Kamakshi Lakshminarayan.

O estudo não encontrou risco aumentado para uso mais curto.

Saiba quais os medicamentos que podem levar a demência: Quais remédios apresentam risco?

Conforme o estudo, no Brasil, os medicamentos são vendidos como omeprazol, pantoprazol, esomeprazol. Basicamente, eles atuam reduzindo a produção de ácido estomacal, sendo indicados para diversas problemas digestivos que vão desde refluxo até úlceras.

Porém, para quem usa, atenção: o mecanismo de ação desses medicamentos pode trazer efeitos colaterais significativos quando usado por longos períodos.

O que fazer se você usa esses medicamentos?

Especialistas alertam que quem utiliza medicamentos que podem levar a demência não devem parar o tratamento de forma abrupta.

“Existem vários jeitos de tratar ácido estomacal”, afirma a professora Lakshminarayan. Porém, ela alerta que cada caso precisa ser avaliado individualmente. Como dica, os pacientes podem utilizar antiácidos e realizar mudanças na dieta e nos horários das refeições.

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