Você sabia que a Terra não gira como um relógio perfeito? Entre julho e agosto de 2025, nosso planeta deverá registrar acelerações momentâneas na sua rotação — fenômeno que pode resultar nos dias mais curtos já medidos desde o início das observações com relógios atômicos. E o melhor: isso vai acontecer por volta de 9 de julho, 22 e 5 de agosto.
Por que a Terra “acelera” às vezes?
Embora a rotação da Terra esteja desacelerando lentamente há bilhões de anos (no passado, um dia durava apenas 5–10 horas!), há variações pontuais que provocam “mini-freios” ou “mini-acelerações”:
- Movimento do núcleo: oscilações dentro do interior líquido do nosso planeta podem mexer no seu momento de inércia.
- Grandes terremotos: deslocam massas rochosas e alteram a velocidade de giro (lembra do tsunami de 2011, no Japão?).
- Mudanças climáticas & maré atmosférica: correntes de ar em larga escala empurram e freiam sutilmente a rotação.
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Todas essas forças misteriosas, somadas à posição da Lua (quando ela fica mais ao norte ou ao sul do equador terrestre) culminam nessas acelerações que duram apenas alguns milissegundos — mas que cientistas medem com precisão de relógios atômicos.
Como medimos esses dias mais curtos?
Desde a década de 1950, os laboratórios usam relógios atômicos para registrar o Length of Day (LOD), ou duração do dia. Em média, um dia tem 86.400 segundos, mas pequenas oscilações são detectáveis:
- 2024: recorde de –1,66 ms em 5 de julho (ou seja, o dia foi 1,66 milissegundo mais curto).
- 2025: expectativa de repetir valores semelhantes em 9 de julho, 22 de julho e 5 de agosto.
O que acontece com a gente se o dia for mais curto?
Boa notícia: não precisamos correr mais cedo para o trabalho! Essas diferenças são tão pequeninas que são imperceptíveis no nosso relógio de pulso. Mas, para:
- Sistemas de navegação (GPS, telecomunicações)
- Redes elétricas que sincronizam em alta precisão
- Experimentos científicos sensíveis ao tempo
Resultados exatos de até frações de milissegundo fazem toda a diferença. Por isso, agências espaciais e centros de pesquisa acompanham cada variação.
Por que vale a pena ficar de olho?
- Ciência fascinante: entender como fatores geológicos e climáticos mexem no próprio giro da Terra.
- Tecnologia de precisão: relógios atômicos que nos permitem enxergar o “pulso” do planeta.
- História do nosso dia a dia: há 600 milhões de anos, um dia durava ~21 horas — e talvez no futuro seja ainda diferente!
Terra deve registrar dias recordes de curta duração em julho e agosto de 2025! Saiba por que ocorrem essas acelerações momentâneas e como são medidas por relógios atômicos.