Você sabia o cérebro já começa a emitir alertas silenciosos que costumam ser ignorados até pelos mais atentos? A ciência já identificou esse sinal inicial e reconhecê-lo pode fazer toda a diferença para um diagnóstico precoce e melhor qualidade de vida.
A maioria das pessoas associa o Alzheimer à perda de memória, mas esse não é o primeiro sinal da doença. Pesquisas recentes apontam que mudanças pequenas no comportamento e na personalidade podem ser os primeiros sinais da doença, antes mesmo da perda de memória.
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O sintoma mais precoce identificado em muitos pacientes é a chamada apatia social, ou perda de interesse pelas atividades do dia a dia.
Isso inclui atitudes como:
- Deixar de fazer atividades que antes eram prazerosas
- Se isolar socialmente, evitando amigos e familiares
- Mostrar menos iniciativa para tarefas simples
- Demonstrar menos empatia ou emoção em conversas
- Perder o entusiasmo sem motivo aparente
As mudanças são sutis, mas progressiva. Muitas vezes confundida com estresse, cansaço ou até depressão leve o que atrasa a procura por ajuda médica.
O que mostra a ciência?
Estudos da Universidade de Cambridge e da Universidade da Califórnia mostram que a apatia está presente em até 70% dos casos iniciais de Alzheimer, especialmente nas fases leves da Doença de Alzheimer ou da Demência Frontotemporal. De acordo com pesquisadores, essa mudança comportamental é resultado de alterações em regiões cerebrais ligadas à motivação e ao controle emocional, como o córtex pré-frontal.
Outros sinais precoces que merecem atenção

Além da apatia social, outros sintomas iniciais que não envolvem diretamente a memória incluem:
- Dificuldade de planejamento ou organização
- Problemas em acompanhar conversas ou raciocínios mais longos
- Irritabilidade ou mudanças de humor incomuns
- Desorientação em lugares familiares
- Pequenos esquecimentos seguidos de negação ou constrangimento
Quando deve procurar um médico?
Se alguém próximo começar a demonstrar mudanças de comportamento ou perda de interesse progressiva por atividades rotineiras, o ideal é procurar um neurologista ou geriatra para uma avaliação clínica.
Um diagnóstico precoce pode:
- Retardar a evolução da doença
- Permitir o uso mais eficaz de medicamentos
- Ajudar a planejar o futuro com mais qualidade de vida