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14 de julho de 2025

Estudo afirma que brasileiros não precisam tomar Whey Protein

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), diz que os brasileiros não precisam tomar Whey Protein; Entenda detalhes do estudo

Um novo estudo sobre whey protein, realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), coloca em xeque uma das ideias mais difundidas na nutrição moderna: a de que os brasileiros consomem pouca proteína e, por isso, precisam recorrer à suplementação.

Segundo os dados publicados na Revista de Saúde Pública no dia 24 de junho, menos de 3% da população brasileira apresenta ingestão abaixo da recomendada, mesmo entre os 20% mais pobres do país.

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A pesquisa analisou informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que avaliou os hábitos alimentares de mais de 46 mil brasileiros em todas as regiões.

Estudo afirma que brasileiros não precisam tomar Whey Protein: o que foi revelado

De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), um adulto saudável deve consumir 0,8 gramas de proteína por quilo de peso corporal ao dia. Isso corresponde, em média, de 10% a 15% das calorias diárias. No entanto, no Brasil, esse índice chega a 18%, o que demonstra um excesso de ingestão proteica.

“A deficiência de proteína no Brasil é muito rara”, afirma a equipe de pesquisadores. Mesmo entre a população mais pobre, há acesso frequente a alimentos ricos em proteína, como carne, leite, ovos e feijão.

Suplementação: realmente necessária?

O estudo sobre whey protein aponta que, na maioria dos casos, não há necessidade de suplementar proteína. Um exemplo prático: 180 gramas de peito de frango cozido já fornecem a quantidade diária necessária, o mesmo que 2,5 dosadores de whey.

A pesquisadora responsável ressalta que a indústria da suplementação promove uma visão reducionista da alimentação, focando em nutrientes isolados e não em padrões alimentares saudáveis. “O verdadeiro problema da dieta do brasileiro não é a proteína, mas sim a baixa ingestão de frutas, verduras e legumes”, explica.

Falta diversidade na alimentação

O estudo também revela que, embora a ingestão de proteína esteja acima da média, a dieta brasileira é pouco diversificada. Enquanto as classes mais altas consomem 6,4% de suas calorias a partir de alimentos in natura, como frutas e vegetais, os mais pobres ficam com apenas 3,4%.

Esse desequilíbrio contribui para problemas como obesidade, doenças crônicas e deficiências nutricionais específicas, muitas vezes ignoradas por quem foca apenas na proteína.

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