O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (18), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida faz parte de uma nova fase da investigação que apura supostos crimes ligados à tentativa de golpe de Estado.
A operação da Polícia Federal (PF) que incluiu busca e apreensão nas residências de Bolsonaro e na sede do PL em Brasília foi solicitada pela corporação, teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi autorizada por Moraes, relator do caso no Supremo.
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Quais medidas foram impostas para Bolsonaro?
Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está sujeito a diversas restrições:
- Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e aos fins de semana;
- Proibição de acesso a redes sociais;
- Não pode manter contato com embaixadores, diplomatas ou outros réus e investigados, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, que está nos EUA;
- Está proibido de se aproximar de embaixadas.
A motivação da operação está nas suspeitas de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional. Segundo nota da PF, a ação foi realizada dentro do processo PET n.º 14129.
Defesa de Bolsonaro reage
Em nota, a defesa do ex-presidente disse que ele recebeu com “surpresa e indignação” a imposição das medidas. “Até o momento, [Bolsonaro] sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”, afirma o texto.
Operação ocorre após carta de Trump
A nova ofensiva da PF acontece um dia após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, publicar uma carta em defesa de Bolsonaro. No documento, Trump afirma que o aliado brasileiro sofre “tratamento terrível pelas mãos de um sistema injusto”.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, continua articulando apoio internacional para tentar reverter possíveis condenações contra o pai. Bolsonaro é réu por crimes que, somados, podem levar a mais de 40 anos de prisão, caso o STF decida pela condenação.