A fabricante de calçados Amiga Shoes entrou com pedido de falência em julho de 2025, encerrando oficialmente suas atividades após não conseguir se manter financeiramente em um mercado cada vez mais competitivo. A empresa atuava nos Estados Unidos e na América do Sul, oferecendo calçados femininos, infantis e sazonais com preços acessíveis.
No momento do pedido de liquidação sob o Capítulo 7 da lei de falências dos EUA, a marca acumulava dívidas de US$ 150 mil, referentes a um empréstimo da Small Business Administration (SBA), e possuía apenas US$ 8.635 em ativos.
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Crescimento acelerado, queda abrupta
Fundada com produção em Dongguan, na China, a Amiga Shoes vendia por loja virtual e atacado, com catálogo que incluía sapatos femininos sintéticos, sandálias, botas de inverno e uma linha infantil. A empresa mantinha um armazém na City of Industry, Califórnia, para agilizar entregas e lançava novos modelos semanalmente.
Apesar do potencial, a marca não resistiu à pressão de um mercado dominado por gigantes como Nike, Adidas e Puma, além de concorrentes emergentes como Hoka, Skechers, Crocs e Brooks.
Situação financeira crítica
No processo judicial aberto em Los Angeles, a empresa declarou:
- Não possuir imóveis ou contratos de locação
- Não ter mais estoque disponível
- Ter apenas US$ 7.438 em conta corrente e US$ 1.197 em poupança
- Dever US$ 4.500 em honorários advocatícios
Após o pagamento das despesas administrativas, não haverá recursos para os credores. O proprietário Woon Hung Leung não se pronunciou, e as redes sociais e o site oficial da marca foram retirados do ar.
O mercado de calçados em transformação
Segundo estudo da Technavio, o mercado global de calçados deve crescer US$ 103,6 bilhões entre 2025 e 2029, mas enfrenta três grandes desafios: