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26 de setembro de 2025

Tradicional loja de varejo presente em todo o Brasil é vendida após dívidas bilionárias

Dívida bilionária reduzida pela metade e reestruturação estratégica: o que está por trás da transformação de uma tradicional loja brasileira

Uma tradicional loja do varejo brasileiro está protagonizando uma transformação financeira inédita que promete mudar seu futuro. A empresa, que enfrentava uma dívida bilionária, conseguiu reduzir esse passivo pela metade em uma manobra estratégica que vem movimentando o mercado.

Dívida bilionária reduzida após operação financeira na tradicional loja de varejo

A operação envolveu a conversão de títulos de dívida em ações ordinárias, que conferem direito a voto, e resultou na entrada de uma nova gestora financeira que passou a controlar 85,5% do capital da rede. Com isso, a dívida da empresa caiu para cerca de R$ 1,6 bilhão, trazendo uma economia anual estimada em R$ 230 milhões com despesas financeiras.

Essa gestora, a Mapa Capital, especializada em assessoria financeira e reestruturação de passivos, adquiriu os débitos que estavam em poder de grandes bancos como Bradesco e Banco do Brasil, preservando as linhas de crédito essenciais para o funcionamento e o crescimento do negócio.

Casas Bahia: reestruturação e renovação

Trata-se das Casas Bahia, uma das maiores redes varejistas do país, que está passando por um processo de reestruturação desde 2023. Após sofrer com o aumento dos juros no pós-pandemia, a empresa realizou em 2024 uma recuperação extrajudicial para alongar prazos de pagamento e reduzir custos financeiros.

Além das medidas financeiras, a rede adotou estratégias para renovar sua operação, como a redução de estoques, o retorno de campanhas publicitárias tradicionais — como o slogan “Dedicação total a você”, e o lançamento da plataforma CasasBahia Ads, além de investir no aplicativo e novos formatos de loja.

Mudança no controle acionário

Com a entrada da Mapa Capital, os antigos acionistas, incluindo a família Klein, fundadora da Casas Bahia, perderam participação majoritária. Michel Klein, que ainda detém cerca de 3,8% das ações, planeja retornar ao conselho de administração em 2026 e busca apoio de outros investidores para fortalecer sua influência.

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Analistas acompanham como será a relação entre a nova gestora e os acionistas tradicionais, ponto importante para a estabilidade e o sucesso da empresa.

Um futuro promissor após a reestruturação

A redução da dívida bilionária e as mudanças na gestão indicam um novo ciclo para as Casas Bahia. Com a estrutura de capital fortalecida, a empresa terá mais fôlego para investir em inovação e melhorar a experiência dos consumidores.

Segundo o presidente do grupo, Renato Franklin, a conversão da dívida em ações representa um passo estratégico que deve reduzir significativamente os custos financeiros e dar mais segurança para enfrentar o cenário econômico atual.

Guilherme Galhardo
Guilherme Galhardo
Estudante de jornalismo, apaixonado pela cultura POP, luta-livre, games, séries e filmes. Entusiasta de meteorologia e punk rocker nas horas vagas.
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