O WhatsApp é, hoje, o aplicativo de mensagens mais popular do Brasil, mas uma nova iniciativa do governo federal pode mudar esse cenário. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou que está desenvolvendo um mensageiro próprio, com foco total na segurança, que já está em fase de testes.
A ferramenta, criada em parceria com a Universidade Federal do Ceará e o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), terá criptografia de Estado, armazenamento em nuvem própria e dupla camada de proteção. Segundo especialistas, a medida reforça a soberania digital e reduz riscos de espionagem, já que os dados não passarão por servidores estrangeiros.
Por muitos anos, o governo utilizou o Athena, um aplicativo seguro e totalmente nacional, mas que acabou descontinuado. Com isso, ministros, servidores e até o presidente passaram a depender do WhatsApp como canal de comunicação, algo considerado vulnerável para informações estratégicas.
Fim do WhatsApp no Brasil? Menos dependência de tecnologias estrangeiras

O novo app promete reunir todas as funções que tornaram o WhatsApp indispensável para milhões de brasileiros: chamadas de voz e vídeo, listas de transmissão e grupos. A diferença é que a segurança será administrada e controlada exclusivamente pelo próprio Estado brasileiro.
A apresentação do projeto foi feita pelo diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, a deputados e senadores em uma reunião da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, no início de julho. Embora o encontro tenha sido secreto, o conteúdo foi posteriormente divulgado no site da comissão.
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O documento confirma que o desenvolvimento do aplicativo faz parte do Programa de Transformação Digital (PDX), que busca modernizar a comunicação interna no governo. A versão inicial já está funcionando em caráter experimental, mas o nome oficial segue em sigilo.
Com essa movimentação, cresce a discussão sobre o futuro do WhatsApp no Brasil. Embora o mensageiro ainda seja dominante, especialistas avaliam que a chegada de uma alternativa nacional e ultra segura pode, com o tempo, reduzir o espaço do aplicativo mais usado do país.