A Polícia Civil deflagra, nesta terça-feira (26), uma operação contra suspeitos de envolvimento no caso dos desaparecidos Canoas, que mobiliza familiares e autoridades desde abril. Três jovens – Vítor Juan Santiago, de 18 anos, Carolina Oliveira de Lima, de 20, e Pedro Henrique Di Benedetto Rodrigues, de 23 – foram vistos pela última vez no bairro Guajuviras, após participarem de um churrasco no dia 6 de abril.
De acordo com a investigação, a principal hipótese é de que o trio tenha sido vítima de uma emboscada. Nesta nova fase, a polícia cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra um homem de 36 anos e uma mulher de 45. Além disso, foram executados nove mandados de busca e apreensão em Canoas e Osório, no Litoral Norte. Os suspeitos já tinham antecedentes por tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma, roubo e outros crimes.
Operação em Canoas mira criminosos que teriam executado jovens desaparecidos: operação integrada

A ação faz parte da terceira etapa da Operação Amissus, coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, em conjunto com a Brigada Militar. Nas fases anteriores, realizadas em abril e maio, quatro pessoas já haviam sido presas e dois veículos foram apreendidos.
Apesar do avanço das investigações, o paradeiro dos três jovens continua desconhecido. O veículo utilizado por eles, um Fiat Punto, foi encontrado abandonado dois dias após o sumiço. Em junho, a perícia confirmou a presença de sangue de uma das vítimas dentro do carro, reforçando a suspeita de homicídio.
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Segundo a polícia, Vítor e Pedro possuem antecedentes por tráfico de drogas, enquanto Carolina não tinha histórico criminal. Ainda assim, a investigação aponta que os três estariam realizando uma entrega de drogas quando acabaram entrando em área de uma facção rival, o que teria resultado na emboscada.
O caso dos desaparecidos Canoas segue em aberto e mobiliza familiares, amigos e autoridades de segurança. A Polícia Civil reforça que qualquer informação pode ser decisiva para esclarecer o mistério. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 0800-642-0121.