A injeção contra o HIV (vírus que ataca o sistema imunológico e se transmite por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada) chegou ao Brasil e tem 100% de eficácia.
O cabotegravir, medicamento injetável de longa duração, começou a ser vendido na rede privada do Brasil.
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Vendida com o nome Apretude, a medicação é aplicada a cada dois meses e representa uma alternativa mais prática, além de possivelmente mais eficaz, em comparação à profilaxia pré-exposição (PrEP) oral, que requer a ingestão diária de comprimidos.
O fármaco injetável é indicado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos, com peso mínimo de 35 kg, que estejam em risco de contrair o HIV sexualmente e apresentem teste de HIV negativo antes do início do tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de mil novos casos de HIV foram registrados em 2023 e, nos próximos dez anos, o Brasil pode registrar pelo menos 600 mil novos casos da infecção, mesmo com a disponibilidade da PrEP oral.
No entanto, um estudo publicado no periódico científico Value in Health, em dezembro de 2024, aponta que o novo fármaco poderia evitar cerca de 385 mil casos, o que geraria uma economia estimada em R$ 14 bilhões em custos de tratamento.
Injeção contra HIV chega ao Brasil
A medicação é administrada por um profissional de saúde por meio de uma injeção intramuscular única de 600 mg (3 mL) nas nádegas a cada dois meses, após duas injeções de iniciação administradas com intervalo de um mês.
O cabotegravir é um inibidor da integrase do HIV (INSTI). Medicamentos dessa classe bloqueiam a replicação do vírus ao impedir que o DNA viral se integre ao material genético das células imunológicas humanas.
Essa etapa é crucial no ciclo de replicação do HIV e determina o estabelecimento de infecções crônicas.