Pesquisadores japoneses deram um passo importante rumo a uma inovação que parecia ficção científica: apagar memórias específicas. O estudo, realizado por cientistas da Universidade de Quioto, combina técnicas genéticas com o uso de luz controlada, conseguindo manipular lembranças em camundongos.
Como a tecnologia funciona?
O método utiliza um processo chamado optogenética, que envolve a introdução de proteínas sensíveis à luz nos neurônios responsáveis por armazenar memórias. Ao ativar essas proteínas com luz, os pesquisadores conseguem alterar ou eliminar lembranças específicas sem prejudicar outras funções cerebrais.
Qual é o objetivo da pesquisa?
Embora a ideia possa parecer saída de um filme futurista, o objetivo não é criar um apagador de memórias para uso cotidiano, mas tratar distúrbios mentais graves, como:
- Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
- Depressão severa
- Ansiedade crônica ligada a traumas
Segundo os cientistas, remover lembranças dolorosas poderia oferecer uma nova esperança para milhões de pessoas que sofrem com experiências traumáticas.
Estamos perto de aplicar isso em humanos?
Ainda não. Por enquanto, os testes foram realizados apenas em camundongos. Especialistas alertam que a técnica precisa de muitos estudos antes de ser aplicada em pessoas, devido aos riscos éticos e à complexidade do cérebro humano.
Um futuro promissor (e polêmico)
A possibilidade de apagar memórias levanta questões éticas importantes: quem decidirá quais lembranças podem ser apagadas?. Para alguns, isso pode revolucionar a medicina; para outros, pode abrir caminho para abusos.