A Polícia Civil prendeu Ricardo Jardim, de 66 anos, suspeito de deixar uma mala com parte de um corpo na rodoviária de Porto Alegre. O caso chocante trouxe à tona um histórico criminal pesado: em 2018, ele foi condenado a 28 anos de prisão por matar a própria mãe e concretar o corpo dela dentro de um armário, em um apartamento no bairro Mont’Serrat.
Segundo as investigações, a vítima atual seria namorada de Jardim. Ele foi preso em uma pousada no bairro São João, após ser identificado em imagens de câmeras de segurança que o flagraram deixando a mala no guarda-volumes da rodoviária no dia 20 de agosto. No momento da prisão, o suspeito estava com o celular da mulher e chegou a se passar por ela em mensagens para enganar familiares.
A perícia já confirmou que o tórax encontrado na rodoviária pertence à mesma vítima cujos membros inferiores e superiores foram achados em 13 de agosto, no bairro Santo Antônio. Como os dedos foram cortados, não foi possível identificar a mulher por impressões digitais. Agora, exames de DNA serão utilizados para oficializar a identidade.
Os investigadores apuram se o crime foi cometido apenas por Jardim, já que os cortes feitos no corpo exigiriam conhecimento técnico. A polícia também busca o crânio da vítima. Outro ponto apurado é que o suspeito usava inteligência artificial para criar perfis falsos em redes sociais e atrair mulheres.
Corpo em mala na rodoviária de Porto Alegre: homem preso já havia matado a mãe em 2015: passado com outro crime macabro
O passado do criminoso reforça a gravidade do caso. Em 2015, ele matou a mãe, Vilma Jardim, de 76 anos, a golpes de faca e concretou o corpo em um armário sob medida. A motivação teria sido financeira: o recebimento de um seguro de vida de R$ 400 mil.
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A reportagem da Agência GBC tenta contato com a defesa de Jardim, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações futuras.