Nesta quinta-feira (11), completam-se 24 anos dos atentados de 11 de setembro, que mudaram a história mundial e deixaram marcas profundas também no Brasil. Entre as 2.753 vítimas fatais do ataque em Nova York, quatro brasileiros morreram no 11 de setembro, sendo três oficialmente reconhecidos pelo Itamaraty.
De acordo com o órgão diplomático, os brasileiros Ivan Kyrillos Barbosa, de 30 anos, Anne Marie Sallerin, de 29, e Sandra Fajardo Smith, de 37, perderam a vida enquanto trabalhavam nas Torres Gêmeas. Já Nilton Fernão Cunha, de 41 anos, também estava no local, mas sua morte não foi oficialmente registrada pelo governo brasileiro, pois sua família não forneceu amostras de DNA para a confirmação.
Quem eram os brasileiros mortos no 11 de setembro
Ivan Kyrillos Barbosa trabalhava no 105º andar da Torre Norte para a corretora Cantor Fitzgerald. Ao lado dele estava a colega Anne Marie Sallerin, que havia se mudado recentemente para Nova York com o marido. Já Sandra Fajardo Smith era mineira e atuava como coordenadora de contabilidade na empresa Marsh & McLennan, no 98º andar. Todos estavam em suas funções quando os aviões atingiram os prédios.
O quarto brasileiro, Nilton Fernão Cunha, estava a negócios no 108º andar da Torre Norte. Apesar de seu desaparecimento ser reconhecido, apenas três famílias enviaram material genético para a emissão das certidões de óbito. Por isso, oficialmente, o Brasil reconhece três vítimas do ataque.
Além disso, a reportagem tentou contato com a família e buscou fotos de Cunha, porém não obteve sucesso. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
Impacto e memória das famílias
A dor das famílias brasileiras permanece viva até hoje. O médico Ivan Fairbanks Barbosa, pai de Ivan, descreveu a perda como insuperável. Em entrevistas, ele relembrou o filho como alegre, idealista e apaixonado por esportes de velocidade, especialmente o automobilismo.
A morte de Osama bin Laden, em 2011, trouxe algum alívio, mas não apagou a lembrança da tragédia. “Foi uma sensação prazerosa de uma pequena parte da justiça ter acontecido”, disse o pai de Ivan, ressaltando que nada substitui a ausência de um filho.
Legado do 11 de setembro
A lembrança dos brasileiros mortos no 11 de setembro é um lembrete de como a tragédia atingiu pessoas em todo o mundo, conectando histórias e famílias além das fronteiras dos Estados Unidos. Mais de duas décadas depois, a memória desses cidadãos continua presente como símbolo da dor e da resiliência diante de um dos episódios mais marcantes da história recente.
