Você já percebeu que, no supermercado, os ovos ficam fora da geladeira, mas em casa a recomendação é mantê-los refrigerados? A diferença está na segurança alimentar e no controle sanitário dos ambientes.
Em média, os ovos podem resistir até 21 dias fora da geladeira, mas especialistas reforçam que refrigerá-los imediatamente é a melhor prática para evitar a proliferação de bactérias.
Segundo a professora Marina Elisabeth Aspholm, especialista em microbiologia de alimentos da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida:
“É sempre recomendável armazenar ovos refrigerados, porque isso estende sua vida útil e reduz a proliferação de bactérias, especialmente no verão.”
Por que os ovos se deterioram
A casca do ovo é porosa, permitindo a perda de água e gases, processo que se acelera em temperaturas altas. Ao refrigerá-los, a deterioração é retardada e a segurança alimentar aumenta.
Risco de salmonela
Nos Estados Unidos, os ovos são lavados e higienizados antes da venda, o que remove a película protetora natural, tornando-os mais vulneráveis. Por isso, são sempre vendidos refrigerados.
No Brasil e na Europa, as galinhas são vacinadas e há maior controle sanitário, permitindo que os ovos sejam comercializados fora da geladeira. Ainda assim, especialistas recomendam armazená-los a 4°C ou menos e cozinhar bem, especialmente para crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa, conforme orientação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).
Ovos de quintal ou fazenda
Ovos adquiridos em feiras, sítios ou mercados informais podem ter maior risco de contaminação. A recomendação é cozinhar ou aquecer bem antes de consumir. O congelamento é possível, mas deve ser feito sem a casca, podendo alterar a textura e propriedades culinárias.
Dicas de armazenamento seguro:
- Refrigerar sempre que possível;
- Evitar deixar fora por mais de 21 dias;
- Cozinhar completamente ovos de quintal ou feiras livres;
- Manter a temperatura do refrigerador a 4°C ou menos;
- Evitar congelar ovos com casca para não prejudicar textura e sabor.
Seguindo essas orientações, é possível garantir segurança alimentar, prolongar a vida útil dos ovos e evitar doenças como a salmonelose.