O governo federal anunciou que o CPF será o identificador único no SUS desde a última terça-feira (16). A medida substitui o antigo número do cartão SUS e faz parte de uma ampla reestruturação da base de dados do sistema público de saúde.
Com a mudança, todo cidadão com CPF passa a ter automaticamente um cadastro no SUS, sem necessidade de procurar um posto de saúde. Atualizações passam a ser feitas de forma automática nas bases governamentais, evitando registros duplicados.
Segundo o Ministério da Saúde, os cadastros antigos sem CPF vinculado serão eliminados gradualmente. Até abril de 2026, cerca de 111 milhões de registros serão inativados. Só desde julho, mais de 54 milhões já foram suspensos por inconsistências.
Como funciona o novo cadastro no SUS pelo CPF
- Todo novo registro no sistema será emitido com base no CPF;
- O aplicativo Meu SUS Digital passa a centralizar os serviços e o histórico de saúde do cidadão;
- Quem não tem CPF ainda será atendido, mas com cadastro temporário válido por até 1 ano;
- Estrangeiros, indígenas e ribeirinhos seguirão com registro complementar no CNS.
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Vantagens do CPF no SUS
O uso do CPF como chave única permite:
- acesso facilitado ao histórico de saúde em qualquer unidade do país;
- integração com sistemas como IBGE, CadÚnico e Receita Federal;
- combate a fraudes, desperdícios e cadastros duplicados;
- melhora no planejamento de políticas públicas.
Meu SUS Digital
O aplicativo Meu SUS Digital é a principal ferramenta para o cidadão. Nele, é possível acessar:
- carteira de vacinação;
- resultados de exames;
- prescrições e medicamentos;
- fila de transplantes;
- registros de doação de sangue;
- informações sobre atendimentos em todo o país.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida representa um “passo decisivo” para modernizar o sistema. A meta é que até 2026 todos os sistemas do SUS estejam adequados ao novo modelo, tornando o CPF o único número de identificação válido.