O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou neste sábado (4) que o Brasil contabiliza 127 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Os registros já se espalham por 12 estados.
Padilha, que esteve em Teresina (PI), reforçou que o momento é de atenção e não de pânico. Segundo ele, a população deve evitar o consumo de bebidas destiladas adulteradas, especialmente aquelas em garrafas fechadas com tampas de rosca.
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“É um produto de lazer, não faz parte da cesta básica, de necessidade. Então evite risco no seu momento de lazer”, destacou o ministro.
O que é o metanol e por que é perigoso?
O metanol é uma substância usada na produção de combustíveis e não é próprio para consumo humano. No entanto, ele estaria sendo utilizado na falsificação de bebidas alcoólicas no país.
Embora tenha sabor semelhante ao etanol, o metanol em destilados com teor alcoólico de 30% a 40% é indetectável pelo paladar, o que aumenta os riscos de intoxicação grave.
Especialistas e o Ministério da Saúde recomendam atenção redobrada ao consumir bebidas alcoólicas. Veja alguns cuidados:
Origem: verifique se o produto tem lacre intacto e procedência confiável.
Preço: desconfie de valores muito abaixo do mercado.
Local de compra: evite pontos de venda informais.
Embalagem: não consuma bebidas com rótulos mal impressos, erros ortográficos ou ausência de CNPJ, lote e validade.
Características estranhas: odores diferentes, cores alteradas ou consistência incomum são sinais de adulteração.
Segurança em bares: peça para que a bebida seja aberta e servida na sua frente.
Sintomas da intoxicação por metanol
Os principais sinais de intoxicação incluem náuseas, vômitos, tontura e dor abdominal intensa. Muitas vezes, os sintomas podem ser confundidos com os de uma ressaca comum, mas costumam ser mais fortes.
Em caso de suspeita, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.
Recomendação do Ministério da Saúde
Padilha orientou a população a evitar bebidas destiladas em garrafas com tampa de rosca nos próximos dias, até que as investigações avancem. Segundo ele, não há registros de adulteração em bebidas enlatadas ou com tampas metálicas.