Uma investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apura um esquema de desvio milionário dentro de uma rede de hotéis em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), funcionários da empresa são suspeitos de envolvimento em fraudes contábeis e financeiras que teriam causado prejuízos superiores a R$ 2 milhões.
Na manhã da última quinta-feira (30), o Gaeco deflagrou uma operação de busca e apreensão para reunir novas provas sobre o caso. O inquérito, conduzido pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú, aponta que os investigados teriam emitido notas fiscais falsas e realizado pagamentos sem contraprestação de serviços, em combinação com empresários e prestadores de serviço.
O objetivo seria disfarçar transferências de valores e dividir os lucros ilícitos entre os participantes do esquema.
Funcionários são suspeitos de desviar milhões de rede de hotéis: Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão
As investigações apuram a prática de estelionato e associação criminosa, com o intuito de desmantelar uma possível rede organizada dentro da empresa. Durante as diligências, os agentes apreenderam documentos, equipamentos eletrônicos e outros materiais, que serão analisados pela Polícia Científica para a elaboração de laudos periciais.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Regional de Garantias de Balneário Camboriú, nas residências dos suspeitos e na sede de uma empresa investigada. As ações ocorreram em Balneário Camboriú, Camboriú, Chapecó, São Miguel do Oeste (SC) e Jacarezinho (PR).
Além das buscas, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 2 milhões, montante equivalente ao prejuízo estimado causado à rede hoteleira.
O Gaeco segue analisando as provas coletadas para identificar outros possíveis envolvidos e medir o alcance da organização criminosa.
