O mercado financeiro foi surpreendido nesta segunda-feira (10) com uma notícia que caiu como uma bomba: a Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência da Oi, uma das empresas mais tradicionais do setor de telecomunicações do país. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial, marca um dos capítulos mais dramáticos da história recente da companhia (e já provoca reflexos diretos nas ações OIBR3).
A determinação veio acompanhada da autorização para a continuação provisória das atividades da operadora, que agora será gerida pelo administrador judicial nomeado pelo tribunal. A medida busca garantir o funcionamento dos serviços essenciais, evitando um colapso imediato que poderia afetar milhões de clientes em todo o Brasil.
A decisão segue recomendação feita pelo interventor judicial da tele, Bruno Rezende, que na última sexta-feira (7) havia apontado que a situação da Oi era de insolvência irreversível. Segundo ele, o quadro financeiro da empresa é “insustentável” e sem condições de recuperação, o que levou à convolação da recuperação judicial em falência.
Justiça decreta falência da Oi e investidores entram em pânico: o que acontece agora?
Entre as determinações, a Justiça ordenou a suspensão de todas as ações e execuções contra a Oi, além da proibição de venda ou oneração de bens da companhia. A operadora também deverá apresentar uma nova lista de credores e poderá convocar uma assembleia geral de credores (AGC) para definir os próximos passos da falência.
Outro ponto importante é o bloqueio do caixa restrito da V.tal, empresa parceira da Oi. Segundo a juíza, os valores destinados à V.tal comprometiam gravemente o fluxo de caixa da operadora. Agora, esses recursos estão bloqueados até que se comprove a legalidade dos repasses.
Na decisão, também foi determinada a indisponibilidade de todos os recursos obtidos com a venda de ativos, como a Oi Fibra, até nova avaliação da administração judicial. A juíza ainda reorganizou a gestão, retirando outras consultorias do processo e mantendo apenas a Preserva-Ação, sob comando de Rezende, que acumulará as funções de gestor e administrador judicial.
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A notícia fez o nome OIBR3 explodir nas redes sociais e fóruns de investidores. A queda no valor das ações é vista como inevitável, e o cenário para os acionistas é de incerteza total.
Com o decreto de falência, a antiga gigante das telecomunicações brasileira vive agora um novo e turbulento capítulo (e quem tem OIBR3 precisa ficar atento aos próximos movimentos da Justiça e do mercado).

