O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) pela Polícia Federal. O cumprimento de mandado foi assinado pelo minstro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro ficará em uma cela especial na sede da Polícia Federal em Brasília. O espaço, chamado de sala de Estadio Maior, foi reformada. Ela tem 12 metros quadrados, banheiro privativo, escrivaninha, ar-condicionado e frigobar (continua abaixo).
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Além disso, o espaço conta com armários e um aparelho de ar-condicionado.
Bolsonaro preso: veja motivos
Conforme informações do UOL, a prisão foi solicitada pela PF e ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda, de acordo com informações preliminares, vígilias chamadas por Flávio Bolsonaro teriam motivado a prisão. Conforme entendimento da PF, a ação causaria aglomerações em frente à casa do ex-presidente, o que poderia gerar riscos.
Além disso, Moraes considerou que a vigília repetiria a estratégia da trama golpista planejada em 2022.
“Embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de “vigília” para a saúde do réu Jair Messias Bolsonaro, a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens “pessoais””, diz trecho da decisão de Alexandre de Moraes.
Por fim, Moraes determinou que a prisão não expusesse Bolsonaro e que não fossem utilizadas algemas.
Tentativa de rompímento da tornozeleira eletrônica
Conforme Moraes, Bolsonaro tentou romper a tornozeleira na madrugada deste sábado (22). Na decisão que valida o pedido de prisão, o ministro do STF informou que houve uma tentativa de violação às 0h08.
Moraes levanta que uma das hipóteses é que o ex-presidente tentaria fugir durante a confusão causada pela manifestação convocada por Flávio.
O que diz a defesa de Bolsonaro?
Em nota, os advogados de defesa de Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno e Celso Vilardi, afirmam que a decisão do Supremo Tribunal Federal causa “profunda perplexidade”.
Leia nota na íntegra
“A prisão preventiva do ex-Presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações.
A Constituição de 1988, com acerto, garante direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa. Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais.
Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco.
A defesa vai apresentar recurso cabível.”
*Com informações do UOL Notícias

